Vereador critica trabalho de Jornalista e causa polêmica em Paracatu

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A coluna Espaço Aberto da edição número 62 do JD deu o que falar na última reunião da Câmara. O vereador Joãozinho Contador (PSDB) fez duras críticas ao Jornalista do Jornal Dinâmico e desencadeou uma séria de opniões contrárias às suas afirmações.

Abaixo transcrevemos matéria do JD

Inconformado com críticas na coluna Espaço Aberto, na edição nº 62 do Jornal Dinâmico, de 25 de maio passado, o vereador Joãozinho Contador (PSDB) cometeu um ato de afronta à liberdade de imprensa talvez jamais visto em Paracatu, na sessão de segunda-feira (30).

Na tribuna, ele fez críticas apelativas ao jornalista Márcio Cavalli , de modo a deixá-lo em situação vexatória diante dos demais vereadores e da comunidade, devido ao tópico “Discurso-vaselina”, da coluna Espaço Aberto, que sempre circula nesta página, que criticava o vereador por manifestações (avaliadas como opostas), cada uma dita no 2º Encontro de Fornecedores da Kinross (17) e na sessão de segunda-feira (23).

A coluna, que não é assinada por ele, é elaborada por todos da redação e da diretoria do semanário, mas Joãozinho se reportou somente ao profissional, expondo-o de maneira cruel e covarde. Cavalli ouviu toda a fala do vereador em silêncio, sem poder se defender das acusações. “Apenas utilizamos o jornalismo opinativo para apontar e interpretar o que achamos ser dois discursos diferentes. Se uma pessoa pública não sabe conviver com críticas, não deve assumir cargos.

Usar uma ?gura de linguagem para comparar um discurso é muito comum no jornalismo. Imagine se o Lula se manifestasse dessa forma com críticas a ele por gostar de cerveja!”, opina o jornalista, que é diplomado pela Universidade Feevale (RS). Em tribuna, o vereador constrangeu mais o jornalista, ao insinuá-lo como pro?ssional despreparado e com maldade.

Também quis limitar a liberdade dele de criticar, pelo fato de morar há pouco tempo na cidade, o que vai contra o princípio constitucional da liberdade de ir e vir. “Não sou nenhum imbecil, a ponto de não saber interpretar a realidade do local em que vivo, seja o tempo em que eu estiver nele. Quando fui convidado a integrar o Dinâmico, fiquei aqui e conheci a cidade. Gostei das pessoas e da religiosidade. Tenho direito de trabalhar com meu ofício e permitir que o leitor tire conclusões. Intimidar uma pessoa, dizendo que ela não pode interpretar algo de um lugar novo, é dizer a quem quer morar aqui que não pode ter opinião”, avalia Márcio Cavalli.

O jornalista, com anos de experiência na política, já passou por casos de agentes que não sabem administrar críticas, mas nunca por uma situação como essa. Joãozinho Contador, inclusive, disse que vai investigar a vida do jornalista ao acusá-lo de defender uma mineradora, supondo interesses pessoais entre ele e essa empresa.

Por ?m, extremamente exaltado, Joãozinho Contador teceu mais críticas, desta vez a um outro tópico, tendo ainda como alvo o jornalista. O fato tratava-se sobre “o regozijo pela possibilidade de um hemocentro ter sido opinado como um abafa ao caso Thainá”. O vereador disse que o jornalista usou a tragédia da menina para vender mais jornais e não gostou também da citação sobre o vereador Romualdo Ulhôa defender sozinho, na opinião da coluna, o governo.

Direção critica vereador

Apesar de querer isentar os diretores do jornal com um dizer camarada na tribuna, para crucificar unicamente o jornalista gaúcho, o tiro saiu pela culatra. “Thainá é um caso que nos indigna. Até hoje, nunca recebemos uma resposta dos órgãos responsáveis pela morte da menina.

Vamos cobrar quantas vezes acharmos necessário, e nunca uma autoridade ligada ao caso nos humilhou por denunciar ou opinar, como aconteceu ao colega”, disseram o diretor de Jornalismo do Dinâmico, Tiago Manique, e o diretor Thiago Keller, que souberam do fato após a sessão e garantiram que nada vai intimidar o veículo e muito menos Márcio Cavalli.

O jornalista entrou com pedido na Câmara Municipal de Vereadores ontem à tarde (31), para requerer a cópia do áudio da sessão, a ?m de solicitar direito de resposta em tribuna. Ele também deve levar o caso à Federação Nacional dos Jornalistas e à Associação Brasileira de Imprensa.

Fonte: Jornal Dinâmico Paracatu
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