O representante do Sindispar – Antônio Lúcio, o Tonin, esclareceu que a situação atual dos professores e especialistas da educação municipal é insustentável. Há dados que mostram que as diferenças salariais dos professores estão próximas dos 70%. Aqueles profissionais que foram contratados depois de 2007 tem um vencimento maior em relação aos antigos contratados. E os professores são os mais atingidos por esta distorção. Ele atribui a responsabilidade desta ação mais firme de paralisação ao fato de não terem sido cumpridos os acertos feitos em sucessivas reuniões entre o Sindicato e a prefeitura quanto ao processo de isonomia salarial, objeto do projeto em análise na Câmara Municipal e posteriormente retirado de lá por meio de ofício.
Um significativo número de participantes concentrou-se em frente à Prefeitura e seguiu em marcha pelo centro da cidade. Os professores expressavam o seu descontento com a atual situação incerta e com faixas e cartazes pediam apoio à população e aos políticos locais. O Diretor do Sindspar, Ditinho, manifestou sua indignação e disse que a sociedade paracatuense, sobretudo os pais e responsáveis pelos jovens estudantes da rede municipal de ensino, tem o direito de saber como o servidor é tratado.
A operação tartaruga dos servidores iniciou-se nesta terça-feira diminuindo a carga horária das escolas municipais. O turno matutino funcionará das 7:30 às 9:30 e o vespertino das 13:00 às 15:30. Tonin lamenta esta redução que causará transtornos eventuais e atrasos nos cronogramas das escolas, mas afirma que: “Esperamos que o prefeito tenha sensibilidade e resolva o mais rápido possível e se amanhã ele nos chamar e disser que estará mandando o projeto de lei para a Câmara nos termos em que foi negociado anteriormente, de imediato retornaremos à carga horária normal.”
