Valdir Rodrigues fala do futuro da Coopervap e os desafios da sua gestão

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Entrevista com o Presidente reeleito da Coopervap, Sr. Valdir Rodrigues de Oliveira.

O sr. está sendo reeleito por mais três anos, o que o os cooperados podem esperar dessa nova administração?

Primeiro agradecer a Deus e depois agradecer a confiança dos cooperados, essa minha permanência na cooperativa por mais três anos é demonstração da aposta que os cooperados fizeram sobre minha pessoa, mediante disso, continuarei fazendo um trabalho, com lealdade, transparência e com competência. Sinto-me mais preparado que os últimos anos e utilizarei essa experiência acumulada para continuar fazendo transformações na cooperativa.

O que foi feito nesses últimos anos, durante a sua gestão e quais os próximos objetivos?

Fizemos várias transformações, várias mudanças estruturais na cooperativa e essas mudanças tem que continuar. Nosso grande objetivo é preparar a cooperativa para a modernidade, queremos modernizar a cooperativa para que possamos ter em breve uma cooperativa nova, moderna e dinâmica que é o importante. Não deixamos de ressaltar que a cooperativa deu uma “parada” no tempo, em virtude da pandemia da covid19. Com isso, fizemos poucos investimentos e inovações. Ressalto que foi necessário fazer novos investimentos para que a cooperativa continuasse atendendo as necessidades básicas dos nossos cooperados. Queremos buscar mecanismos para agilizarmos “os negócios” deles.

Há questionamentos de alguns produtores, sobre a importância da extensão do mercado da Coopervap, para as mediações da BR 040, próximo à Agro Veterinária, afirmaram que haveria facilidade e mais comodidade para aquisição dos produtos, há possibilidade dessa reinstalação do mercado em 2024?

Atualmente trabalhamos tudo com custo, a cooperativa na verdade é um negócio como outro, percebo que o cooperado entende isso e essa atitude é muito bacana. É necessário trabalhar com custos “enxutos”, uma vez que for viável fazer essa volta, é possível. Agora, a grande dificuldade é que, cada vez que usa chapa para movimentar uma mercadoria, o custo dessa mercadoria é elevado, se coloca o chapa para levar a mercadoria, vai elevar o custo, se ele vai descer a mercadoria, eleva o custo, mais o frete que tem que levar essa mercadoria, eleva o custo, mas em virtude da legislação trabalhista, mais duas pessoas deverão ficar cuidando desse pequeno depósito, torna-se elevar o custo. Então, faremos avaliação do custo para verificar se é possível, porque estamos cuidando dos negócios dos cooperados, eles não querem que a gente cuide desses negócios de forma aleatória, tudo é custo, vamos trabalhar para ver se essa mercadoria chega em um preço que valha a pena o cooperado estar adquirindo e verificar a questão do espaço também.

Sobre o preço do leite, sempre tem aquela velha história, sobre a demanda do país, é isso mesmo? O produtor sempre quer o melhor preço do leite.

-Essa diretoria tem muito exiguidade nos últimos anos, sobretudo para o pequeno produtor, pagamos o melhor preço de Minas Gerais, não tem nenhuma cooperativa, que respeita o pequeno produtor, que respeita a agricultura familiar, como a nossa cooperativa, então, sobre o preço do leite, temos buscado mecanismos para pagar os melhores preços de Minas para o pequeno produtor. Enquanto que outras empresas fazem uma coleta seletiva, a nossa coleta é para todos os produtores, independente do volume de leite. Para ter- -se uma base, a maioria das empresas do Brasil, não capta leite menos de 200, 300 litros do produtor e nós não temos esse meio. Buscamos leite de todos os volumes, isso que é muito importante, nós fazemos.

Há consumidor que reclama sobre o preço da carne, a arroba abaixou e as carnes nos açougues continuam sendo vendidas no mesmo preço, a pesar que estou vendo a movimentação que a arroba do gado está voltando novamente, o que o senhor tem a dizer?

Nos últimos dias, praticamente quase todos os açougues compram e ficam com demandas represadas, na hora que acabou esse gado e foi comprar com preço mais elevado, logo em seguida, começou as baixas da carne, atualmente, nosso supermercado está com uma das carnes mais “barata” da cidade e com muitas promoções. Houve uma baixa muito grande. Agora já estamos preocupados porque a arroba já começou subir e o preço deve voltar, mas baixamos nas últimas semanas, a nossa carne.

Que avaliação o senhor faz sobre sua gestão para os próximos três anos com um novo vice presidente?

Tivemos nossa assembleia, que confirmou minha continuidade na cooperativa e a entrada de Lionel. A chegada de Lionel foi muito bem vinda, é uma pessoa que está disposta a trabalhar, dedicar e doar seu tempo para a cooperativa e ao mesmo tempo é uma pessoa muito bem preparada, já com muitos anos de atuação no Conselho, Lionel conhece muito bem a estrutura da Coopervap e isso nos motiva muito. Não está chegando uma pessoa “qualquer” para o Conselho da diretoria da Coopervap. Temos planos de continuar trabalhando, inovando e modernizando a cooperativa.

Para o senhor que está acompanhando o andamento da política nacional e a economia do País por meio do Agro, que avaliação faz sobre o início de governo do atual presidente da república?

O Brasil passa por um momento novo, mas que é muito importante, independente de ideologia política, temos um Agro muito forte, temos indústrias, comércios também muito fortes e que são capazes de ultrapassar barreiras. Mediante isso, não vejo que não há… apesar que as vezes houve algumas perdas com a mudança de governo, mas vejo com muita tranquilidade, que os segmentos que temos de negócios no Brasil, não deixará o Brasil parar, não travará o Brasil, porque na verdade hoje, temos não é a política no Brasil, temos uma política de centenas de países, que esse modelo neoliberal, independente de quase ideologia, tem que encaixar no processo, encaixar no mercado e o Brasil não tem outro caminho a não ser se adequar dentro dos parâmetros de negócios de centenas de países e com isso temos um empresariado, comércio e o Agro muito preparado para dar segmento ao crescimento de nosso país.

Qual a mensagem o sr. gostaria de deixar aos cooperados e a comunidade em geral?

Agradeço a confiança, que os cooperados depositaram na minha pessoa, depositaram nessa diretoria, por isso, informamos aos nossos cooperados que nossa responsabilidade dobrou. Quando se tem Chapa Única, a responsabilidade é maior. Temos um peso mediante a cooperativa por tamanha atribuição que os cooperados transferiram para essa diretoria, faremos o máximo possível, o melhor trabalho, melhor gestão possível, esse é nosso objetivo.
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Fonte: Jornal da Cidade
*Permitido compartilhamento e ou cópia desde preservada a fonte (LEI Nº 9.610/98)
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