Contrário a aplicação da polêmica “Lei das Farmácias” desde o início, o médico e vereador Dr. Romualdo Ulhoa não esconde sua desaprovação ao projeto: sempre que teve a oportunidade, argumentou sobre o assunto na Câmara Municipal, além de ter dado entrevista a diversos veículos sobre o assunto.
Desde o primeiro turno de votação, Doutor Romualdo votou contra o projeto. Na ocasião, o vereador foi procurado pelo Paracatu.Net e explicou o seu posicionamento: Ao restringir o horário de funcionamento, a população no geral, principalmente as pessoas que saem tarde do trabalho, são prejudicadas. Para Romualdo, a lei é unilateral e só beneficia os proprietários de farmácias já instaladas na cidade, o que é inadmissível “Nós vamos diminuir para a população um tempo a mais de acesso às farmácias”.
Sobre o funcionamento vinte e quatro horas, o médico se declarou favorável ao livre mercado. “Se uma pessoa está disposta a oferecer um serviço benéfico e com uma possibilidade de atendimento melhor para a população, isso tem que ser aceito de bom grado, afirmou”.
Já no segundo turno de votação, Romualdo foi mais incisivo. Mesmo diante da presença massiva de proprietários de farmácias de Paracatu, o médico não mudou sua postura e foi objetivo em seu discurso. Rebatendo a tribuna realizada pelo vereador Vânio Ferreira, Romualdo argumentou “Tudo que nós fazemos dentro de um regime democrático tem que vir principalmente baseado na liberdade. Não podemos aceitar e nem aceitamos este discurso sobre capitalismo que foi feito. O mais antigo aqui é o Dedé, e quando outros chegaram, ele não impôs horário ou bloqueios contra outras farmácias”.
Dirigindo-se aos farmacêuticos, Doutor Romualdo continuou: “No momento em que nós engessamos atividade dos senhores sob uma lei, estaremos tirando até de vocês próprios o direito de estar, em alguns anos, aumentando o negócio. Não tenho nada contra as farmácias, tenho contra o engessamento do comércio, não podemos fazer isso em lei!”
Finalizando o seu discurso, o médico fez uma comparação com a sua realidade “Esta lei que engessa é o que me deixa contra este projeto. Eu não posso pensar em fazer uma lei proíba a criação de uma clínica nova aqui só porque eu estou a mais tempo na cidade. É baseado neste raciocínio que eu trabalho”
Ao terminar, Doutor Romualdo ouviu palavras de apoio apenas do democrata João Macedo, que endossou suas palavras.
