Aos 77 anos, morre o craque Paracatuense Dario Alegria, vítima de AVC.

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Morreu, neste domingo, o ex-jogador de futebol Jurandir Dario Gouveia Damasceno,  carinhosamente conhecido como Dario Alegria. Desde muito jovem, Dario se destacava no esporte chegando a jogar em Paracatu, Brasília, Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no México.

Em sua carreira acumularam-se gols e títulos. Aposentou-se do futebol e seguiu com outras atividades aqui em Paracatu, algumas delas ligadas à cultura. Sempre carismático, deixava sua Alegria por onde passava.

Em sua última entrevista à TV Minas Brasil, em junho deste ano, Dario Alegria estava bastante contente por ter tomado a vacina contra a Covid-19 e cheio de expectativas para o lançamento do seu livro, “O Leopardo das Alterosas”.
Texto: Eucaria Birro – TVMB

Biografia de Dario

Jurandir Dario Gouveia Damasceno dos Santos, ou Dario Alegria, nasceu em abril de 44, em Paracatu-MG. Viveu sua infância no quilombo Muriti da Costa.

"Foi uma infância de muita dificuldade, como a da maioria dos negros. Paracatu nasceu sob o chamado Ciclo do Ouro. Até hoje, grandes indústrias se estabelecem na cidade para trabalhar na extração do ouro. Durante o período do reinado, muitos escravos negros foram trazidos para cá, tanto que mais de 70% da população atual de Paracatu é formada por afrodescendentes. Quando acabou a escravidão, os negros foram dispensados e, como não tinham onde ficar, ocuparam terras sem dono, formando quilombos. Meu avô (Darilo) foi escravizado no garimpo e depois viveu no quilombo Muriti do Costa, assim como eu e meu pai", relembra o ex-atleta, em declarações divulgadas pelo Palmeiras.

Para se tornar jogador de futebol, Dario contou com a ajuda de Augusto da Costa, zagueiro da Seleção na Copa de 1950, que o viu em campo em uma partida amistosa e ofereceu ajuda para iniciar a carreira, indicando uma ida ao Vasco.

Antes de ir ao clube carioca, no entanto, o ponta recebeu uma proposta melhor do América, onde atuou entre 1964 e 1965 e chamou atenção do Palmeiras. No Alviverde, Dario fez parte da equipe que ficou conhecia como a Primeira Academia.

Dario se destacava pela velocidade, e com pontaria certeira. "Eu não era um craque, mas sabia finalizar e tinha muita velocidade. Fazia 100m em 11 segundos e pouco. Pedia pro Ademir esticar a bola na frente pra eu ganhar do zagueiro na corrida".

Após a carreira no futebol, Dario concentrou seus esforços na pauta antirracista e fundou em Paracatu o Instituto de Defesa da Cultura Negra e dos Afrodescendentes, com o objetivo de resgatar a história dos negros escravizados no estado de Minas Gerais.

*Permitido compartilhamento e ou cópia desde preservada a fonte  (LEI Nº 9.610/98)
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