Câmara cassa mandato de Vereadores e deve dar início a novas investigações

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A Câmara de Vereadores de Paracatu realizou nesta terça-feira (17/08), sessão de julgamento que cassou o mandato de dois parlamentares por quebra de decoro.
 
No início dos ritos, o Vereador Dênis Brasileiros (Republicanos) fez uso da palavra como parte da acusação dos parlamentares e garantiu que suas palavras se embasavam em uma sentença condenatória e nas denúncias por crime de improbidade.
“-Não tenho interesse pessoal e nunca vou trabalhar com pessoas, apenas com fatos. O nosso julgamento é político-administrativo e não tem nada a ver com politicagem, não tem nada a ver com perseguição política. É o caso dos Vereadores desta casa analisarem se a conduta e a ética que os acusados tiveram lá atrás fere a moral e a ética dos outros colegas desta casa.” Afirmou Brasileiro.
Na sequência, o xará Dênis Dantas (PDT), deu um tom de moderação ao processo, trazendo reflexão sobre os acusados e também os denunciantes.
“-Julgar é muito fácil, difícil é ser julgado. Mas Deus me deu a honra e a graça e o povo me deu o voto para estar dentro desta casa. A minha indignação não é com quem está aqui aplaudindo ou quem fala lá fora, é com os covardes que inventam histórias, se escondem atrás de perfis falsos e acusam a todos nós das coisas mais absurdas.” Desabafou o parlamentar que também condenou o Movimento Mais Paracatu que no seu entendimento “antecipou condenação e influenciou a opinião pública com faixas e campanhas incorretas com objetivo de atingir outros Vereadores. ”
Pela defesa do Vereador João Archanjo (PSD), o advogado Dr. Paulo Gilberto Alves de Souza, que iniciou sua fala lançando uma série de dúvidas sobre a legalidade processual e lembrando o episódio do impeachment da ex presidente Dilma, que segundo ele, “foi constatado que não houve crime algum, mas foi um julgamento político.”
“-Pelo que eu vi na cidade hoje, esse processo é muito mais que político, tem um grande jogo de interesses. Honestidade é uma questão de valores e princípios. Sejamos honestos conosco
Dr Paulo, também criticou os ritos processuais e comparou com o passo a passo do processo no judiciário e falando na possibilidade de nulidade processual, o que segundo especialistas realmente faz sentido, mas não traria nenhuma alteração na votação final.
Pela defesa do Vereador Marcos Oliveira (PSD), a advogada Edna Maria Pereira de Castro, iniciou sua fala criticando a convocação dos suplentes dos Vereadores acusados, o que segundo a advogada, “contraria o artigo 226 do regimento interno da Câmara, que proíbe de votar todo aquele que tenha interesse pessoal na causa.”
Dra Edna, embasou sua defesa com citações da Constituição, apontando falhas que segundo ela irão causar a nulidade processual e a recondução dos acusados aos seus mandatos e apontando crimes, condenações e sentenças em desfavor do denunciante Marcão da Seguradora para crimes de estelionato, construção irregular em área pública, aborto e também uma acusação que tramita no MP em que ele é acusado de ter sido funcionário fantasma do Governo Olavo Condé.
“-A Câmara Legislativa é um órgão colegiado e eu não julgo nenhum de vocês pela decisão que vão tomar aqui hoje, mas se houver um pingo de consciência, vejam o contexto, avaliem a situação num todo, inclusive o fato desta acusação ter vindo logo depois da instauração de uma CPI para investigar possíveis irregularidades que envolve milhões e milhões de reais no governo anterior,” lembrou a Dra lembrando a CPI da covid.
A fala da defesa, por diversas vezes foi interrompida pelo sindicalista Geraldo Edson Alves, conhecido por "Edinho do PT", (devido à sua candidatura registrada com este nome), ex filiado ao PT, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Paracatu, chegando ao ponto do Presidente da casa, Vereador Manoel Alves (Podemos) ter que ameaçar retirá-lo do plenário e assim acalmá-lo.
Ao final da sessão, após votação nominal, os dois parlamentares perderam seus mandatos com 17 votos favoráveis, e apenas uma abstenção do Dênis Dantas na acusação de quebra de decoro, optando por aguardar o processo ser transitado e julgado no judiciário.

Atualização

No início da tarde desta quarta-feira (18/08), o Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Paracatu, Sr. Geraldo Edson Alves, conhecido por "Edinho do PT"  fez contato através de What's app com muitas palavras ofensivas à nossa equipe exigindo que fosse alterada a notícia pelo fato dele "não ser mais filiado ao PT" enviando inclusive uma certidão da justiça eleitoral.

Como não há correção a ser feita na reportagem, registramos apenas o contato do Sr. Geraldo Edson Alves, atendemos o pedido e registramos o desejo do presidente do SINDSPAR, que é um ex-filiado ao Partido dos Trabalhadores e que ficou conhecido da cidade como "Edinho do PT", devido ao registro de sua candidatura, feita por ele próprio no TSE com o codinome "Edinho do PT", conforme imagens e informações extraídas do próprio site (abaixo).

Registramos ainda que a alteração não foi feita pelas ameaças, mas por respeito ao bom jornalismo.


Foto: Rafael Henrique Souto


*Permitido compartilhamento e ou cópia desde preservada a fonte  (LEI Nº 9.610/98)
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