Vereadores retiram assinaturas do pedido de CPI da covid e falam em armação

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Cinco vereadores apresentaram pedido para retirada de assinatura do requerimento de implantação da CPI que tem como objetivo "investigar os gastos da administração pública no combate à pandemia no município, principalmente dos recursos enviados pelo Governo Federal durante o governo do ex-prefeito Olavo Condé (PSDB).

O pedido apresentado inicialmente pelo Vereador Dênis Dantas (PDT) durante sua tribuna na Câmara, recebeu apoio unânime dos parlamentares devido à gravidade das informações e questionamentos apresentados pelo parlamentar.

Com base nas denúncias feitas na tribuna, o Presidente da Comissão de Saúde, Vereador Gilsão do Paracatuzinho (MDB), convocou audiência pública com a presença do ex-secretário de saúde João Batista, do ex-diretor do Hospital Municipal, Pedro Couto, além de representantes do atual governo que foram sabatinados pelos Vereadores, dando explicações sobre as acusações levantadas por Dênis Dantas e que deram origem ao pedido da CPI.

Na tarde desta segunda-feira (17/05) Marli Ribeiro (PSC), Gislene Couto (PSDB), Paulinho Pereira (PSDB), Beto Codorna (PSD) e Gilsão do Paracatuzinho (MDB), retiraram o seu apoio para implantação da CPI.

Nossa reportagem entrou em contato com 4 dos 5 Vereadores, buscando esclarecimentos e mais informações a respeito da mudança. Três parlamentares retornaram nosso contato.

O Vereador Paulinho Pereira (PSDB), considera que a CPI proposta estava “contaminada por politicagem” e que não levaria a nada, que no seu entendimento em tempos de pandemia "o maior prejudicado será o povo."

“-Eu não sou contra a CPI, eu sou a favor de investigar sim. Eu sou contra a CPI neste momento porque não vai prejudicar o ex-Prefeito Olavo, vai prejudicar é o povo, porque vai parar contrato que já estava assinado, vai diminuir e até cortar repasses de recursos até acabar a CPI. Eu tenho que ter responsabilidade com o atendimento ao povo que nesse momento está sofrendo com a pandemia,” explicou Paulinho.

A Vereadora  Gislene Couto (PSDB), afirmou que discorda do objetivo da CPI nesse momento, uma vez que, segundo ela, o que foi levantado pelo requerente foi esclarecido na audiência pública, mas se forem apresentados fatos novos, que justifiquem o pedido, ela dará o apoio.

“-Os representantes do Governo Olavo Condé mesmo não sendo obrigados, foram na audiência pública e foram tão claros que eu não vi motivo para continuar aquele movimento porque todas as dúvidas ditas na tribuna foram esclarecidas. Não vejo necessidade, mas se apresentaram novas denúncias concretas eu estarei apoiando sim. Mas se o próprio Vereador autor do requerimento não foi à reunião para questionar o que ele quisesse, sinal que não há mais dúvidas,” disse a Vereadora.

Já o Vereador Gilsão do Paracatuzinho (MDB), que foi líder de Governo do ex-Prefeito Condé, acha que houve uma precipitação do proponente e de todos que assinaram o documento baseado em denúncias esclarecidas posteriormente.

“-O vereador que propôs a CPI falou de indícios de irregularidades e mau uso do dinheiro público, mas tudo que ele denunciou na tribuna foi esclarecido pelos ex-servidores da Prefeitura de uma maneira muito clara e objetiva na audiência pública, que o próprio proponente não participou para saber da verdade. A CPI está se direcionando para um lado político e a gente tem que ter responsabilidade. Eu assinei no dia porque o Vereador afirmou que havia indício de irregularidade, mas a gente tem que ter coerência e o que ele falou, se equivocou totalmente, tanto que nem quis participar da reunião. Se tiver qualquer tipo de investigação com fundamento eu vou ser o primeiro participar, doa a quem doer, mas não vou participar de politicagem, ” justificou Gilsão.

Teoricamente a retirada das assinaturas não irá impactar no funcionamento da CPI que ainda tem 8 assinaturas e só precisa de 6 para ser instalada.

*Permitido compartilhamento e ou cópia desde preservada a fonte  (LEI Nº 9.610/98)

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