Quando é que seguir alguém nas redes sociais se transforma em crime?

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Do início da semana pra cá, muitos começaram a conjugar um novo verbo sem nem traduzir, em função da repercussão que deu o caso de uma juíza de Unaí que estava sendo “stalkeada” por um advogado paulista que atualmente morava no Paraná.
Uma das grandes consequências (pra não dizer necessidade psicológica) da tecnologia em nossas vidas é a vontade das pessoas em saberem o que se passa na vida das outras. O termo “stalk” ficou muito popular de algum tempo para cá. Em tradução literária do inglês, a palavra significa perseguir. Porém, essa perseguição cibernética, muitas vezes, pode ser prejudicial e levar para aspectos além da simples vontade de acompanhar alguém em ambiente digital.
Que atire a primeira pedra que não ficou bisbilhotando uma pessoa por um dia, uma semana, de olho em cada passo seu, digo, em cada postagem sua. Coisa que não é difícil fazer hoje em dia em que está na moda comunicar ao mundo cada movimento da nossa vida, desde fatos mais simples como se fossem notáveis. Um prato de arroz com feijão e salada se torna um fato incrível, como se estivéssemos em Addis Abeba. Aquela idéia de que hoje ninguém mais faz nada sem registrar e comunicar. Mas isso e assunto pra outro dia.
Mas tudo bem, se você não é assim, nunca fez isso, vou te garantir que muito longe daqui, lá na Nova Zelândia, é comum algumas pessoas bisbilhotarem as redes sociais dos nossos amigos e conhecidos. Mas, quando isso ultrapassa dos limites da internet e chega a um nível de obsessão, é preciso tomar providencias para que nada grave aconteça. Stalkear pessoas famosas é também muito rotineiro. Vemos frequentemente que alguns fãs acompanham seu ídolo insistentemente nas redes sociais e chegam a encontrá-los pessoalmente por conta de pista encontradas na rede.
É difícil saber a quantidade de vezes que uma pessoa acessa suas redes sociais. Um stalker, muitas vezes, não deixa rastro, apenas acompanha aquilo que você compartilha. Porém, estamos falando do mundo virtual, onde a distância pode ser um fator gigante para que essa pessoa e sua obsessão se aproximem.
Quando essa relação de “seguição” (inventando uma palavra também) se transforme em perseguição online pode extrapolar os limites da internet e passar para a vida real. E isso é perigoso!
As maiores ocorrências de “stalking” são após términos de relacionamentos afetivos. Comportamentos obsessivos podem ser desenvolvidos através de sentimentos não recíprocos, despertando uma fixação não saudável para a vítima. Assim, os stalkers passam a insistir em interação, seja por meio de telefonemas ou perseguições.
Com a insistente tentativa de contato vindo do stalker, a liberdade de ir e vir e o medo de que algo mais grave aconteça se tornam frequentes no dia a dia do stalkeado. Nesses casos, é importante que a vítima procure ajuda, na policia e na justiça.
No final do ano passado (2020) a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que torna crime perseguir obsessivamente alguém, “stalking”.
O projeto define que a perseguição obsessiva é "perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade."
O texto prevê pena de reclusão de um a quatro anos, além de multa.
A pena é aumentada se o crime for cometido contra criança, adolescente ou idoso. A punição também será maior se o crime for cometido contra mulher, por razões da condição do sexo feminino.
Se isso te despertou algum medo, algum receio e está se você está se perguntando como se livrar de situações como esta, o discernimento com tempero de sabedoria é o melhor caminho.

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