Memórias do rock paracatuense serão narradas no livro PARACATU ROCK CITY – Uma História de Rock´N´Roll no Noroeste de Minas. A obra está sendo escrita pelo jornalista Sandro Neiva e ainda não tem data de lançamento prevista, devido à pandemia de Covid-19.
O autor do livro é natural de Paracatu e tem ligações com o rock desde criança. Nasceu e cresceu no bairro Santana, onde montou sua banda de punk rock Necrofilia, em princípios dos anos 90. Como realizador audiovisual, dirigiu documentários importantes como “Casa Diogo” e “Ouro de Sangue”, e no Distrito Federal foi repórter da revista Porão do Rock. “Apesar de viver em Brasília há décadas, nunca deixei de vivenciar a cena rock de Paracatu, que sempre foi celeiro de bandas autorais e independentes. Inúmeros são os fatos relacionados a essa cultura underground e grande parte desses acontecimentos se deram em anos pré-internet. O meu livro objetiva resgatar essas histórias, que povoam o imaginário dos rockers há anos e jamais haviam sido divulgadas”.
As históricas apresentações em Paracatu de Capital Inicial (1984) e Barão Vermelho (1995), também terão espaço garantido na narrativa documental.
Sandro Neiva explica que vários músicos genuinamente paracatuenses serão protagonizados no livro. “Nada mais justo que conhecidos artistas roqueiros da cidade como Tassinho Ulhôa, Santos, José Adão Franco, Marcionílio Camelo e muitos outros tenham suas carreiras revisitadas devido à enorme contribuição que deram para a música local. Creio que isso merece um registro literário”, destaca.
De acordo com o jornalista, várias gerações de bandas movimentaram o cenário roqueiro de Paracatu ao longo de quatro décadas. “A primeira safra de bandas apareceu ainda nos anos 80, e tinha Folha Seca, Sandinistas e Atroz. A cena dos anos 2010, além das vantagens tecnológicas, contou com o apoio dos motoclubes da cidade para a realização de shows. E como o rock costuma se renovar a cada década, muito em breve surgirá a geração de bandas pós-pandemia, dos anos 20, deste século”, afirmou.
O livro, escrito em primeira pessoa, também irá tratar de bandas como TokaFita, Meia Boca e outras que fazem parte da última geração de artistas independentes de “Paracatu Rock City”.
“A cultura rock é apartidária por ideologia, sobrevive nos subterrâneos, às margens do mainstream cultural vigente, mas na realidade, constitui-se num poderoso e autêntico movimento de vanguarda, tornando-se automaticamente parte legítima da cultura paracatuense como um todo”, conclui o autor.
Fonte: Pervitin Filmes
Foto: Banda Profecia (1996), uma das bandas destacadas no livro.
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