Palmeiras celebra 55 anos como Seleção e exalta história de Dario Alegria

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Neste feriado de 7 de setembro, o Palmeiras comemora 55 anos do dia em que representou a Seleção Brasileira em um jogo contra o Uruguai na inauguração do Mineirão. Ao lembrar sobre a partida histórica em seu site oficial, o Alviverde exaltou um nome que esteve no banco de reservas neste confronto.

O ponta Dario Alegria, que vestiu a camisa do Verdão entre 1965 e 1967, tem uma história de luta contra o racismo. O ex-jogador é neto de negros escravizados, filho de garimpeiro e primo de uma personalidade conhecida no cenário político brasileiro, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

Na foto abaixo (time), Dario (agachado) no Palmeiras em 1967.

Dario passou uma parte de sua infância no quilombo Muriti do Costa, em Paracatu (MG). No período da escravidão, estas comunidades foram criadas por africanos que conseguiam escapar.

“Foi uma infância de muita dificuldade, como a da maioria dos negros. Paracatu nasceu sob o chamado Ciclo do Ouro. Até hoje, grandes indústrias se estabelecem na cidade para trabalhar na extração do ouro. Durante o período do reinado, muitos escravos negros foram trazidos para cá, tanto que mais de 70% da população atual de Paracatu é formada por afrodescendentes. Quando acabou a escravidão, os negros foram dispensados e, como não tinham onde ficar, ocuparam terras sem dono, formando quilombos. Meu avô (Darilo) foi escravizado no garimpo e depois viveu no quilombo Muriti do Costa, assim como eu e meu pai”, relembra o ex-atleta, em declarações divulgadas pelo Palmeiras.

Para se tornar jogador de futebol, Dario contou com a ajuda de Augusto da Costa, zagueiro da Seleção na Copa de 1950, que o viu em campo em uma partida amistosa e ofereceu ajuda para iniciar a carreira, indicando uma ida ao Vasco.

Antes de ir ao clube carioca, no entanto, o ponta recebeu uma proposta melhor do América-MG, onde atuou entre 1964 e 1965 e chamou atenção do Palmeiras. No Alviverde, Dario fez parte da equipe que ficou conhecia como a Primeira Academia.

Após a carreira no futebol, Dario concentrou seus esforços na pauta antirracista e fundou em Paracatu o Instituto de Defesa da Cultura Negra e dos Afrodescendentes, com o objetivo de resgatar a história dos negros escravizados no estado de Minas Gerais.

Fonte: ESPN
XMCred Soluções Financeiras
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