Documentos da Kinross sobre estabilidade na barragem Eustáquio não convencem MP

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Segundo o Ministério público, os documentos enviados pela Kinross não foram suficientes para atestar a segurança e estabilidade da barragem do Eustáquio em Paracatu.

No início do mês de Março, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Paracatu e da Coordenadoria Regional em conjunto com as Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Paracatu, Urucuia e Abaeté, em Patos de Minas, instaurou Inquérito Civil Público para investigar o comprometimento do aterro compactado da barragem Eustáquio. Segundo o órgão, o inquérito foi instaurado devido à detecção de fissuras, início de processos erosivos e prováveis comprometimentos geotécnicos dessa estrutura de represamento mineral, observados e registrados pela Polícia Militar Ambiental Paracatu.

De acordo como o Ministério Público, além de pedir providências imediatas a órgãos de controle, foi requisitou uma vistoria com envio de relatório ao MP pela Agência Nacional de Mineração e seu assistente técnico AECOM.

A Promotora Thaís Torres Rabelo Gonçalves, em entrevista ao FM Repórter, disse que uma vistoria FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente – apontou que as fissuras foram sanadas. Porém o laudo da FEAM partiu de documentos fornecidos pela própria Kinross.

“Foi feita uma vistoria da FEAM no local. A FEAM realmente constatou que as erosões, antes constatadas pelo boletim de ocorrência da Polícia Militar, tinham sido reparadas e, conforme os documentos apresentados pela Kinross, essa erosão não afetava a estabilidade da estrutura. Entretanto, como foram documentos que foram produzidos pela Kinross e a FEAM se reportou a tais documentos, o Ministério Público achou prudente requisitar mais uma diligência, que é uma vistoria, com envio de um relatório da Agência Nacional de Mineração, por meio também da Assistente Técnico – AECOM – que foram os responsáveis pelos relatórios de estabilidade no caso de Brumadinho, para que seja aferida realmente esta estabilidade e segurança da barragem Eustáquio em Paracatu”, esclareceu a promotora.

A barragem de Eustáquio possui capacidade para 750 milhões de metros cúbicos dos quais cerca de 143 milhões já foram utilizados para depositar rejeitos da mineração. É a maior barragem a céu aberto em operação Brasil.

Nossa reportagem também entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da mineradora na manhã desta quinta-feira (23/04) para saber um posicionamento sobre o caso, mas até o momento não recebemos retorno.

Fonte: FM REPÓRTER

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