O Secretário de Meio Ambiente Igor Pimentel, ocupou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (23/09) para, segundo ele, tranquilizar a comunidade com relação aos rumores sobre falta de água.
Em sua fala, Pimentel admitiu que “apesar de não confiar nas informações enviadas pela Copasa, a nossa situação está bem melhor do que aquela de 2017.”
O Secretário também disse que o Governo Municipal está atuando na fiscalização de irrigantes que estão atuando de forma irregular e empreendimentos de Chácaras próximas ao Ribeirão Santa Isabel.
“-Dois produtores rurais ainda estão irrigando suas áreas, mas nós estamos marcando com eles pra verificar o que está acontecendo e outra situação que nós já estamos atuando são os chacreamentos irregulares que já foram notificados e a situação enviada para o Ministério Público,” garantiu Igor que também admitiu que a falta de controle na fiscalização das obras previstas em contrato levou a discussão para o campo jurídico.
“-Das obras que que foram prometidas, apenas a setorização foi feita e está em torno de 82% concluída, mas também existem hoje algumas ações tomadas pela Prefeitura. São 3 processos do município contra a Copasa, um de ressarcimento dos valores gastos em 2017 durante a crise, outro sobre a falta de investimento e um terceiro pedindo o rompimento do contrato,” explicou Igor Pimentel.
Alguns Vereadores se manifestaram e se dividiram entre palavras de elogio e críticas ao gestor do meio ambiente de Paracatu.
Marcos Oliveira (PSDB), expressou a sua indignação com a Copasa e lamentou que o assunto se arraste há tanto tempo em Paracatu.
“-É muita coragem do Secretário dizer que recebeu informação da Copasa e não confiou na concessionária do próprio governo. Se nem mesmo o Secretário do executivo confiou nas informações, imagina nós que estamos aqui dependendo das informações e cobrando a cada reunião,” lamentou Marcos Oliveira. “-É muita falta de responsabilidade, muito descaso pela cidade em uma questão de emergência, questão de calamidade pública,” finalizou.
Já o Presidente Wilson Martins (PSB), discordou de parte do discurso do Secretário de Meio Ambiente e afirmou que a Mineração e os Grandes produtores rurais tem responsabilidade na crise hídrica que atormenta a comunidade devido aos danos causados ao lençol freático.
“-Hoje, é grande o risco de faltar água para a Comunidade de Paracatu sim, prova disso é que dos 12 poços artesianos furados, só 6 deram água. Isso porque o lençol freático está prejudicado pelos poços artesianos furados pela mineradora e para atender a grandes áreas irrigadas,” disse Martins.
Joãozinho Chapuleta (PSD), apesar de ser da base e um dos mais fortes defensores do governo afirmou que a “Copasa hoje em Paracatu é um mal necessário no município” e criticou a fala o Secretário. “-Não adianta vir aqui dar justificativa. Tem que se fazer que se cumpra o contrato e isso não é papel de Vereador e sim do executivo. Tá ficando chato falar de Copasa e eu não tô vendo condições do Governo tirar a Copasa de Paracatu não, porque pra fazer isso tem que ter peito. Não adianta ficar usando microfone e falar que tá cobrando,” criticou João Archanjo.
Pedro Adjuto (PHS), lamentou o fato do Secretário não trazer “um plano emergencial e a falta de campanhas de conscientização feitas pelo Município, que segundo dele gasta muito com publicidade, mas apenas publicidade promocional”. “-Não foi feita nenhuma campanha pra conscientizar a população.”
“É lamentável ver o Secretário aqui dizer que não confia na Copasa, mas que não haverá falta de água. Infelizmente, nenhuma ação concreta foi realizada para impedir o racionamento. A prefeitura não apresentou nenhum plano emergencial nem sequer uma campanha de conscientização para a população! Neste momento precisamos de ações, precisamos de soluções!! Palavras não vão trazer a água de volta para as torneiras da população!” disse Pedro Adjuto.
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