caíram quase quatro vezes, de 538 para 146, assim como a quantidade de famílias
assentadas, de 61 mil para 12 mil. Desde 2002, as ações e investimentos estão mais
direcionados na melhora das condições de sustentabilidade para esses agricultores.
Na COOPERVAP, os produtores que recebem orientações técnicas conseguem melhorar a produção e a qualidade do leite. Surgem então oportunidades para a realização de atividades que complementam a renda do pequeno produtor que além de contribuir para a sua socialização e aprendizado permite que novas culturas até então desconhecidas façam parte da economia familiar. Segundo Mauro Ianhez, engenheiro agrônomo da EMATER MG em Paracatu, 680 familias de 9 assentamentos são assistidas com assistência técnica desde Dezembro de 2009, na produção de diferentes culturas.
A reportagem visitou 3 produtores nas Comunidades Santa Rosa e Buriti que estão desenvolvendo, junto a produção leiteira outras atividades importantes para a renda familiar.
O senhor Silmo Royer, natural do Rio Grande do Sul e em Paracatu há 23 anos, cultiva melancia em 50 hectares em parceria com outros produtores. Hoje, ele é presidente da associação dos Produtores do Buriti e conta que planta melancia, abóbora e arroz desde pequeno e que aprendeu tudo com o pai. A produção é escoada para Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e agora ele está exportando para a Argentina, além de fornecer para a Conab em Paracatu. A comercialização é feita pelo sócio Geraldo Pinheiro.
Em rotação de cultura Senhor Silmo cultiva o arroz. Ele produz 50 caminhões que
correspondem a 750 toneladas de melancia e 3.500 sacas de arroz de sequeiro. Eles
usam a plantadeira com as sementes e um trator para fazer a adubação do solo.
Juntamente com o filho, o produtor planta e cuida das plantações contratando mão
de obra somente para a colheita. Em 90 dias, tempo necessário para a produção, a
melancia é colhida por eles. O produtor também cultiva a abóbora e sempre depois da
2ª colheita a família faz doações para as escolas rurais da região, e para moradores do assentamento. Já na região Santa Rosa a atividade escolhida pelo associado Moisés Bento e pela esposa Dona Maria Aparecida, foi o cultivo de hortaliças. Ele produz 70 litros de leite por dia de 10 vacas em lactação e a propriedade tem 47 ha.
Dona Cida cultiva horta desde pequena e conta que é a primeira vez que irá gerenciar uma produção maior. Eles pretendem vender na cidade e também procurar o governo municipal para fornecer para a Conab. Na horta são cultivados, alface, abóbora, couve, quentro, tomate, pimentão, cebolinha, pepino, cenoura, salsa, mostarda, quiabo, beterraba, repolho, abóbora d’água, jiló, cachi, maracujá, mamão, pimenta de cheiro, malagueta e mandioca. Tudo isso em menos de 1 ha e aproveitando o esterco manejado na propriedade. Outra família que também diversifica a produção é formada por Zito Maciel e a Dona Maria José que irão produzir 2 toneladas de milho irrigado cultivadas em 1 ha. A produção é comercializada com a Conab do município, e a espiga verde é distribuída para escolas, asilo e clinicas de recuperação.
A palha é utilizada como alimentação para o rebanho no cocho. O projeto de irrigação foi criado por ele mesmo e os materiais (canos e a bomba) foram adquiridos na Loja Veterinária da Coopervap em condições especiais e preços diferenciados. Em conversa com a reportagem do Informativo COOPERVAP o Presidente Edmundo de Sá garante todo apoio necessário para o crescimento dos pequenos produtores associados e diz tudo que estiver ao seu alcance será feito para facilitar a produção destas famílias.
Fonte: Informativo Coopervap
