Morreu nesta quarta-feira (6/5) o italiano Ivano Barberini (foto) em sua casa, em Módena, na Itália. O presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) desde 1997, completaria 70 anos no próximo dia 18. O velório será realizado nesta sexta-feira (8/5), de 10h às 14h, na avenida Aldo Moro, 16, em Bolonha. O sepultamento está previsto para as 15h30.
Barberini receberá homenagem oficial na praça Emilia Romagna, em frente à liga das cooperativas da Itália, a Legacoop, entidade presidida por ele de 1996 a 2002 . O ex- presidente da ACI esteve no Brasil pela última vez, em 2005, quando participou da Feira Internacional das Cooperativas, Fornecedores e Serviços (Fenacoop), realizada em São Paulo (SP).
Para o cooperativismo mundial “a perda é irreparável”, disse o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, ao ressaltar o compromisso de Barberini com o movimento cooperativista mundial e, em especial, com o Brasil, com o qual se identificava, embora fosse europeu. Segundo Freitas, a morte de Barberini deixa uma lacuna na liderança mundial do setor, tendo em vista toda a sua dedicação à expansão e ao fortalecimento do cooperativismo em todo o mundo. “Ele via o cooperativismo como um todo, era um profundo conhecedor das experiências, necessidades e potencial das cooperativas na esfera global”, assinalou.
Formado em Economia, Barberini dedicou toda sua vida profissional ao cooperativismo a partir de uma cooperativa de consumo, em Módena, nos anos 60. Participou do processo que unificou 3,3 mil cooperativas e fechou 7 mil negócios. Foi presidente da cooperativa central, da Aliança Cooperativa de Módena e da Coop Itália (1978 a 1996), quando foi eleito presidente da Liga Nacional das Cooperativas (Legacoop). Em 2001, substituiu Roberto Rodrigues na presidência da Aliança Cooperativa Internacional. Retornando da Colômbia, nesse ano, visitou cooperativas de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Barberini acreditava que o Brasil era uma grande oportunidade para o cooperativismo. Em entrevista à revista Paraná Cooperativo, do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), em 2001, ele destacou a democracia, a boa administração, união, cooperação entre as cooperativas, responsabilidade social e a atenção à comunidade como os princípios fundamentais, pois atendiam o respeito aos direitos do homem. “Se existem princípios que defendem os direitos fundamentais do homem, é preciso protegê-los, colocá-los em prática, agir”.
O diretor da ACI e assessor especial da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Américo Utumi, vai representar o cooperativismo brasileiro nos funerais e homenagens póstumas ao líder mundial das cooperativas.
Fonte: Sicoob Crediparnor