Assessora da Câmara chama Polícia após tribuna de Vereador Líder de Governo

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O clima começou a fechar na Câmara de Paracatu na tarde desta segunda-feira (18/03) durante a reunião ordinária, quando, o Vereador Gilsão do Paracatuzinho (PRTB), líder do governo Olavo Condé na Câmara, usou a tribuna para defender as investigações realizadas pela CPI da Copasa, que foi concluída na semana passada na qual ele é relator da CPI
Dentro desse contexto, o parlamentar defendeu que o trabalho foi bem feito, com apoio de um engenheiro especializado contratado pela Câmara e por assessores jurídicos, advogados que apontaram dezenas de falhas na execução do contrato. Disse ainda que o seu relatório pode agora ser usado pelo Ministério Publico para embasar as ações e pela Prefeitura de Paracatu para reincidir o contrato com a Copasa.
Acontece que durante sua fala, o Vereador Gilsão lembrou um fato que intrigou a todos os presentes durante a reunião de apersentação do relatório, quando uma pizza foi colocada sobre uma mesa no plenário da Câmara, e demonstrou descontentamento com o fato. Disse que aquilo era um desrespeito a imagem da câmara e todos que trabalharam nas investigações.
O parlamentar então exibiu imagens do circuito interno de TV da Câmara, em que mostrava a assessora do vereador Pedro Adjuto (PHS), levando a pizza para dentro do plenário e cobrou “um posicionamento do Presidente da Câmara, já que segundo ele “a funcionaria estaria desmoralizando a instituição.”
Após a fala do vereador Gilsão, a assessora parlamentar chamou a Policia Militar para registro de um Boletim de Ocorrência, dizendo que se sentiu ameaçada pelo vereador Gilsão. Os militares compareceram e orientaram a assessora sobre as providencia que poderiam ser tomadas.
Em sua fala, o Vereador Gilsão falou da atitude da assessora do vereador Pedro Adjuto
“-Enquanto eu for Vereador, vou defender a instituição e a população de Paracatu. Quanto ao boletim de ocorrência é um direito dela, mas eu não acho justo um funcionário da Câmara denegrir a imagem da própria instituição que trabalha, e isso eu não vou aceitar nunca enquanto estiver aqui,” afirmou Gilsão, que ainda justificou o seu pedido ao Presidente da Câmara. “-As imagens estão aí para todos verem, não falei nada demais, apenas pedi ao presidente da Câmara que tome as providências, porque é um absurdo uma CPI durar 180 dias, gastar o dinheiro do povo e uma servidora tentar desmoralizar. Eu não tenho rabo preso com prefeito nem com ex-prefeito e o que for de verdade que eu tiver que falar, seja na rádio ou na tribuna da Câmara eu vou falar mesmo, porque eu represento a comunidade de Paracatu,” explicou o Líder de Governo.
O Vereador Pedro Adjuto (PHS), saiu em defesa da assessora, admitiu que ele próprio havia pedido a pizza, que a sua assessora apenas seguiu ordens e ainda atacou o líder de governo, questionando a sua conduta na Câmara.
“-O que aconteceu foi assédio moral, pois é lamentável o Vereador Gilsão usar a tribuna pra pedir demissão de uma funcionária, que apenas cumpriu um pedido meu. Eu deu o dinheiro a ela, ela foi lá fora buscou a pizza e trouxe pra mim,” afirmou Pedro que ainda sugeriu o caminho que o parlamentar deveria seguir de agora em diante.
“-O Vereador deveria usar tribuna era pra cobrar explicações daquela denúncia de corrupções sobre os contratos da Câmara, das máquinas públicas que estavam sendo alugadas para terceiros, do dinheiro que foi repassado para furar poços artesianos. Ele devia usar tribuna pra abrir a CPI que ele disse que abriria sobre irregularidades na Secretaria de Planejamento. Mas ele não tem coragem para fazer isso,” questionou Pedro Adjuto que ainda finalizou a sua fala fazendo acusando o Vereador Líder de Governo de condutas incompatíveis com a sua função.
“-Esse Vereador que está cobrando é uma pessoa que já cuspiu na cara de um policial fardado, que já foi pego no morro da Kinross fazendo garimpo ilegal, esse é o Vereador que está dentro do gabinete do Prefeito discutindo os destinos da nossa cidade. Paracatu precisa de uma reflexão,” afirmou.
O corregedor recém-eleito, Vereador Joãozinho Chapuleta (PSDB), disse que a “Câmara foi desrespeitada” e que irá tomar as providências e se mostrou constrangido com a situação.
“-O vereador não agrediu ninguém aqui, sem contar ele tem o microfone livre para expor suas ideias. Acho que a casa tem que tomar providência em relação a esse caso, porque essa funcionária não tem esse direito. Ela não tinha razão nenhuma pra isso e tentou desmoralizar essa casa. Ela tem que respeitar os vereadores dessa casa, porque essa casa é a voz do povo de Paracatu. O servidor não pode desmoralizar a casa, não podemos chegar a esse ponto,” afirmou Joãozinho Chapuleta.
O Presidente da Casa, Vereador Wilson Martins (PSB), disse que irá tratar o assundo “de forma regimental”. “-Vamos agir dentro do que a lei nos instrui que é o regimento da casa, ” garantiu.
A Assessora parlamentar envolvida no caso disse que irá consultar seus advogados e em seguida falará com a imprensa.

Com informações do FM Repórter

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