O fascinante, sutil e inevitável mundo digital

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A rapidez com que as informações circulam entre as pessoas,  graças ao advento de modernas plataformas digitais que se aliaram à enorme popularização dos aparelhos celulares, revelam parte crucial da convergência de grande variedade de tarefas e hábitos para um universo predominantemente virtual.
As eleições deste ano são um belo exemplo de que a interação social está se tornando  implacavelmente digital: A campanha ganhou vez e voz através das rede sociais, democratizou-se a disputa entre candidatos de diferentes representações parlamentares e o eleitor, agora protagonista desse campo cibernético, manifestou-se como bem quis acerca de suas aspirações para o futuro político e administrativo do país.
O setor financeiro, que hoje assiste o crescimento dos bancos digitais – que em nada lembram o formato tradicional com filas e uma burocracia que sempre maltrataram a clientela – agora tem pela frente a missão de lidar com as transações por criptomoedas (bitcoins), que a grosso modo definem-se como cifras digitais com seu valor específico, porém até o momento sem regulação por parte de órgãos competentes no Brasil.
A área educacional também teve de reinventar-se nesse cenário profundamente tecnológico, e para tanto, abraçou as TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) e formatou programas de aprendizado e desenvolvimento profissional através da educação à distância e de modernas plataformas capazes de garantir a produção e difusão de conhecimento para diferentes pontos remotos do país. A sala de aula da modernidade tornou-se, portanto, um ambiente essencialmente lógico, agora disponível em aplicativos.
No âmbito do atendimento médico-hospitalar, a bola da vez é a implantação do prontuário eletrônico, sobretudo na rede pública de saúde, como forma de melhorar o diagnóstico do quadro clínico do paciente. Entretanto, o que mais se verifica na grande maioria dos municípios é a incapacidade, inclusive quanto à estrutura, de se por em prática essa importante ferramenta de gestão das informações do histórico daqueles que prestam e recebem tratamento médico.
A presença massiva de câmeras de segurança dentro e fora das residências e estabelecimentos vários, com capacidade inclusive de transmissão de imagens em tempo real pela Internet, traduz-se na parábola bíblica da candeia que afirma “[…] não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz” (LUCAS 8:17). Todo esse aparato tecnológico são ferramentas que geram representantes digitais da vida cotidiana e fundamentam muito bem as ações dos indivíduos para o bem e/ou para o mal.
É razoável, destarte, afirmar que a sociedade está sendo sutil e rapidamente “digitalizada” e que é indispensável repensar o papel da “máquina homem” em meio a essa dinâmica social virtualizada, especialmente como forma de auto-afirmação humana diante desse novo universo robotizado e estruturado em códigos e instruções geradores de inteligência artificial.

Referência:
Bíblia. Português. A Bíblia sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida. ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1980. 192 p.

(*) Carlos Lima é graduado em Arquivologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), é Pós-Graduado em Oracle, Java e Gerência de Projeto e é consultor em organização de arquivos e memória empresarial.

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