Representante do IPHAN se reúne com Conselho do Patrimônio Histórico em Paracatu

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O Arquiteto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, Matheus Guerra, participou esta semana da Reunião Ordinária com  Conselho do Patrimônio Histórico de Paracatu – COMPHAP, para repassar informações importantes aos colegiado e segundo ele “com intenção de aproximar as ações do órgão de proteção da comunidade.”
“-A intenção do IPHAN é sempre juntar forças com o Conselho do Patrimônio Histórico de Paracatu e assim dar orientação pra comunidade no sentido de informar o que ela pode o que não pode desenvolver, e também conscientizar a população. As parcerias são necessárias e nosso trabalho junto com o COMPHAP é uma forma de transmitir esse conhecimento, esse sentimento pela história de Paracatu,” afirmou Matheus.
O Conselho do Patrimônio Histórico de Paracatu – COMPHAP, foi criado pela lei 2636 de 26 de janeiro de 2007 durante o governo do ex-prefeito Vasco Praça Filho que em suas falas fazia questão de enaltecer o trabalho de envolvimento dos cidadãos na valorização do patrimônio histórico. “preservar é que é ser moderno,” dizia.
O Conselho formado por representantes do governo e da sociedade civil organizada e tem como objetivo, normatizar e deliberar assuntos relativos à preservação, proteção, conservação e defesa do patrimônio histórico, artístico, bibliográfico e paisagístico do Município de Paracatu.
A Vice Presidente do COMPHAP, Elizabeth Gonçalves destaca a satisfação de fazer parte dessa importante onda de preservação que toma conta da cidade.  “A presença mais efetiva do IPHAN em Paracatu, reflete muito bem a nova mentalidade de preservação, que vem ganhando a adesão por parte de muitos moradores e comerciantes que estão dando utilidade aos imóveis no núcleo histórico,  preservando e valorizando a memória,” afirmou Beth.
Centro histórico de Paracatu é “oficialmente” um Patrimônio Cultural Brasileiro desde 2010
O Centro histórico de Paracatu foi tombado como patrimônio nacional em dezembro de 2010 e de acordo com o representante do IPHAN-MG, o centro histórico de Paracatu se destaca pelo valor e pela preservação de seu conjunto arquitetônico e pela formação e integração do centro oeste brasileiro, no final do ciclo do ouro.
Como vários outros municípios mineiros, Paracatu nasceu sob o signo do ouro dando origem a um povoamento que, por sua vez, levou ao surgimento de centros econômicos integrados para abastecer as áreas de mineração. Esta sequência de acontecimentos favoreceu o desenvolvimento agro-pastoril, especialmente em regiões da Bahia, Pernambuco e em alguns locais de mineração.
A construção de Brasília provocou uma onda de migrações para o centro do país, que atingiu a cidade. Contudo, Paracatu mantém seu centro histórico praticamente intacto, apesar de algumas transformações na arquitetura. A morfologia urbana de vias e travessas proporcionam a leitura de seu passado colonial e de sua posição estratégica na ocupação do centro-oeste brasileiro.
A origem da cidade no ciclo do ouro
Paracatu tornou-se ponto de referência do noroeste mineiro influenciando as regiões do Alto Paranaíba, do Triângulo Mineiro e do sudoeste goiano. Nesse contexto, a data provável do surgimento do antigo arraial é entre 1690 e 1710. O município se destaca por sua localização estratégica, pois era ponto de convergência dos diversos caminhos que ligavam o litoral (Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro), às “minas gerais” e ao interior do país.
Há comprovação de que em 1603 a localidade já era conhecida por bandeirantes e, desde tempos imemoriais, habitada por indígenas. A partir de 1727, várias sesmarias foram concedidas no território que hoje abrange o município. As minas de Paracatu foram as últimas jazidas descobertas em Minas Gerais, no momento em que o ciclo do ouro estava chegando ao fim. Esse fato foi um dos motivos de a cidade ter ganhado importância no cenário nacional na primeira metade do século XVIII, conquistando, no período colonial, o título de Princesa do Sertão. A exploração aurífera durou até depois de 1819, após o que o município entrou em um processo de estagnação econômica, que durou até a década de 1960, com a construção de Brasília.
A Igreja Matriz de Santo Antônio e a igreja de Nossa Senhora do Rosário, ambas de Paracatu, foram objeto de tombamento pelo Iphan, em 13 de novembro de 1962.

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