A Laranja azeda a festa

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button

O entusiasmo embalado pela motivação de Robinho no início do primeiro tempo do confronto entre Brasil e Holanda, seguido pelo futebol bonito apresentado pelo grupo até o apito do árbitro japonês indicando o fim da etapa inicial, indicava que tudo ocorreria conforme o combinado entre Dunga, seus asseclas em campo e milhões de esperançosos e uniformizados canarinhos que roíam unhas, grudados nos aparelhos de TV.

Porém um time diferente entrou no segundo tempo. Uma equipe que se deixava intimidar pelos que vieram da terra dos moinhos de vento. O que uma nação continental passou a ver, se assemelhava aos delírios relatados por Cervantes. Nossos Quixotes avançavam contra os moinhos mas perdiam as lanças nas pás de vento, que ao contrário dos estáticos adversários do homem de La Mancha, reagiam com força proporcional ao ataque.

E eis que o vento soprou a favor dos moinhos que conduziram um Fabiano, fadado a herói, ao posto de vilão. Tão vilão que corrompeu o equilíbrio necessário do 11 a 11, desfalcando os companheiros de armas no campo de batalha africano. A partir de então descontrole total por parte do conjunto. Tensão, agonia, ansiedade…

Ao final, tristeza e silêncio.

Valeu pela luta. Mas cabe uma reflexão: Se em um passado recente encontraram em Ronaldo a desculpa pela perda ao dizerem que ele teria amarelado, dessa vez, após a falta de controle emocional, todos alaranjaram.

Ed Guimarães

XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button