Transportadores e motoristas de veículos que prestam serviço de transporte escolar à Prefeitura de Paracatu fizeram um protesto durante a última reunião do legislativo (12/03), ocasião em que um dos empresários do setor questionou a forma com que o processo vem sendo conduzido.
Representando o grupo, o advogado Leonardo da Paixão do Espírito Santo, fez uso da tribuna e reclamou do “descaso” do município com os trabalhadores do município. Eles reclamam que depois que foram comunicados pelo Prefeito que os prestadores de serviços das 101 linhas de transportes seria recontratados foram surpreendidos com uma notícia “contrária.”
“-Fomos surpreendidos pela informação de que o Prefeito aderiu a uma ata de Belo Horizonte em que a ganhadora foi a Cooperativa Sudeste, que não tem nenhum veículo e só vai contratar os 101 transportadores de Paracatu, mas um representante da Cooperativa disse que nós iríamos roer osso mas pelo visto, não temos nem osso pra roer,” denunciou Leonardo.
O representante dos transportadores afirmou ainda que “os valores praticados pelo município estão inviáveis” e o transporte escolar corre o risco de parar “por falta de condições de manutenção.”
“-Se é pra fazer assim, então vamos fazer uma licitação justa e contratar o serviço dos trabalhadores de Paracatu porque esta atitude do Prefeito não é ilegal, mas é imoral com o povo de Paracatu. Não é justo que um pai de família que já está sofrendo pra realizar o trabalho e ainda recebendo abaixo do que seria justo, ainda tenha que repassar agora 20% do valor para essa cooperativa,” afirmou.
Ao final de sua fala, Leonardo ainda lançou dúvidas sobre a contratação e os interesses da Cooperativa no Município, solicitou ainda que a Câmara verificasse a situação e a regularidade da Cooperativa ora contratada.
“-É preciso saber como essa Cooperativa chegou a Paracatu, é preciso saber por que dessa mudança em desfavor do povo de Paracatu? Nós estamos prontos para parar, mas não estamos ameaçando, porque não precisamos disso, mas nós só vamos parar porque não temos condições de rodar dessa forma, sem condições mínimas de manutenção, as crianças estão correndo risco e podemos presenciar outra tragédia como aconteceu anos atrás.,” finalizou.
Intervenção Política
O Presidente do Legislativo, Vereador Ragos Oliveira (PT), explicou que os Vereadores não tem poder de resolver a questão, pois se trata de um ato do executivo mas se comprometeu a intervir politicamente na questão do transporte escolar pois segundo ele seria “desastroso para os alunos perder um único dia de aula.” “-Nós vamos buscar nossos meios e buscar um entendimento pra resolver esse impasse para que as nossas crianças não ficarem prejudicadas,” garantir Ragos.
“Que rolo é esse?”
Já o Vice Presidente Vereador Paulinho Pereira (PMN), foi mais duro e criticou a eficiência do trabalho do executivo. “-Eu não entendo como tem coisa que não anda. “Eles” tiveram 6 meses pra fazer essa licitação e não conseguiram resolver. Não sei que rolo que a Prefeitura arrumou e não deu conta de fazer isso?,” questionou Paulinho.
Em nota, a Prefeitura discorda dos Transportadores e diz que o movimento não irá prejudicar os alunos
“No que refere a aventada paralisação, a Secretaria Municipal de Educação esclarece, que este não é um movimento hegemônico entre os transportadores.
Para aquelas possíveis linhas que venham a parar, a secretaria junto com a cooperativa contratada para a prestação do serviço já estão providenciando substitutos para garantir o transporte dos alunos.”
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