Parte dos servidores técnicos e administrativos do sistema prisional e socioeducativo de diversas cidades do Triângulo Mineiro aderiu à greve estadual que teve início nesta segunda-feira (26/02) e segue por tempo indeterminado. Os agentes de segurança penitenciários não participam deste movimento.
A principal reivindicação dos servidores é que o governo cumpra um acordo firmado em 2015. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (SindPúblicos-MG), que representa os servidores estaduais da área administrativa, esse acordo previa a equiparação salarial dos funcionários do setor prisional com os demais trabalhadores da mesma categoria da área de segurança.
Na manhã manhã, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag) se reuniu com a categoria para discutir a situação. Também participaram da reunião a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MG) e Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap-MG).
No Triângulo Mineiro, entraram em greve os servidores das unidades prisionais de Araguari, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Monte Carmelo, Patos de Minas, Paracatu, Patrocínio, Prata, Presidente Olegário, Uberaba e Uberlândia.
Em cada unidade, segundo os representantes do SindPúblicos em Uberlândia e Patos de Minas, Márcia Caldeira e Marcelo Alves, respectivamente, a estimativa é que a adesão total seja de 70%, já que 30% desse efetivo deve trabalhar respeitando a lei.
“Ficaremos em greve até que o governo apresente uma proposta para as nossas reinvindicações, sendo a principal o cumprimento do acordo feito em 2015. Estamos há quatro anos sem reajuste salarial, sem correção da inflação, pedimos melhorias nas condições de trabalho, queremos que flexibilizem a nossa carga horária. É tudo muito engessado dentro da secretaria”, comentou Márcia.
Unidades prisionais com servidores em greve
·Araguari: Presídio de Araguari
·Carmo do Paranaíba: Complexo Penitenciário Nossa Senhora do Carmo
·Coromandel: Presídio de Coromandel
·Monte Carmelo: Presídio de Monte Carmelo
·Patos de Minas: Presídio Sebastião Sátiro e Centro de Internação Provisória (Ceip)
·Paracatu: Presídio de Paracatu
·Patrocínio: Penitenciária Deputado Expedito Faria Tavares
·Prata: Presídio de Prata
·Presidente Olegário: Presídio de Presidente Olegário
·Uberaba: Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira
·Uberlândia: Penitenciária João Pimenta da Veiga, Presídio Professor Jacy de Assis e Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu)
O Governo de Minas Gerias informou que se reuniu com os servidores para discutir as reivindicações e que as negociações continuam.
Sobre os pontos levantados pela categoria, segundo a assessoria de Relações Sindicais da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), em relação à ajuda de custo pleiteada, a situação econômica e financeira em que o Estado se encontra impede que o benefício seja concedido neste momento.
O Governo de Minas Gerais continuará avaliando as possibilidades para atender às solicitações o mais breve possível e propôs que as negociações sejam retomadas a partir do mês de abril, quando existe uma perspectiva de melhoria financeira.
A Seplag também ressaltou que os agentes de segurança penitenciários não participam desta greve.
Fonte: G1
