Chuvas não amenizam crise hídrica em Paracatu e Ribeirão Sta Izabel agoniza

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Apesar das chuvas que caíram nos últimos dias, Paracatu continua sofrendo com a pior crise hídrica da história e ponto de captação de água fora da cidade, o Ribeirão Santa Izabel, segundo a direção da Copasa, está "zerado".
Diversas medidas são tomadas para que a população não fique sem água. Várias audiências públicas também têm sido realizadas para discutir o caso mas até agora as ações param nas “discussões”.
A gerente do Distrito Regional de Paracatu, Elenice Louback, explicou durante uma entrevista coletiva que, normalmente, a vazão da água captada no ribeirão e nos poços para atender a população é de 144 litros por segundo. Porém, em razão da pior seca dos últimos 100 anos na cidade, a vazão atingiu, no momento, o seu ponto mínimo, não oferecendo condições para a retirada de água.
Sistema de rodízio, caminhões-pipa e poços
Desde o 1º de setembro, a Copasa adota o sistema de rodízio para o abastecimento nos bairros da cidade. “Estamos com 26 caminhões-pipa, sendo que 12 são para buscar água bruta no ribeirão Escurinho e levar até a Estaçaõ de Tratamento de Água (ETA) Santa Izabel para tratamento e distribuição aos moradores; e os outros 14, com o apoio da Prefeitura e de empresas particulares, estão fazendo o abastecimento de porta em porta e atendendo às instituições municipais e o reservatório do Bairro Amoreiras II”, informou Louback.
Ainda de acordo com a gerente, 11 poços profundos foram perfurados, sendo que seis apresentaram vazão insignificante e os outros cinco apresentaram alguma vazão – um deles já está em operação e quatro serão equipados e integrados ao sistema para reforçar o abastecimento.
Outras ações
A superintendente de Operação Noroeste e Central, Cristiane Carneiro, informou que, além destas ações imediatas, a Copasa prevê, para os próximos quatro meses, a elaboração de projeto para construção de um reservatório de acumulação próximo ao ribeirão Santa Izabel e a também ampliar e melhorar a setorização do sistema e da captação no ribeirão Escurinho.
“Com essas obras de melhorias, vamos passar a ter condições de fazer uma reservação estratégica de água para complementar o abastecimento, durante os períodos de estiagem”, explicou.
Audiências públicas
Em uma audiência pública no dia 26 de setembro, a população presente e vereadores cobraram mais investimentos da companhia no município. De acordo com a assessoria do Executivo, o contrato que foi renovado em 2010 apresentava um relatório que dizia que o Rio Santa Isabel seria suficiente para abastecer a cidade até 2027. Contudo, desde que foi decretado estado de calamidade pública, no dia 18 de setembro, em alguns bairros a água é ofertada apenas durante quatro horas por dia.

Depois disso, outra audiência foi realizada em 19 de outubro, com a da Comissão de Administração da Câmara e a Copasa. Nela, a comissão cobrou medidas emergenciais da Companhia e do Município para solucionar ou minimizar a crise hídrica pela qual passa a cidade.

Foto Ilustrativa / Reprodução TV Globo

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