Depois de passar pelas Comissões da Câmara, o projeto de Lei 054/2017 que autoriza o Governo Municipal a contratar um empréstimo de R$ 20 milhões para, segundo os Vereadores “mobiliar o novo Centro Administrativo”, foi votado e aprovado no plenário da Câmara.
Antes, porém, houve muito debate a respeito das emendas modificativas do Vereador Wilson Martins (PSB) que incluía no projeto de lei, a destinação de recursos para: 1) a construção de prédio para a Escola Chapeuzinho Vermelho, 2) a abertura e o asfaltamento da avenida que liga o Bairro Alto do Açude à Rodovia MG 188, no Povoado São Sebastião, 3) a ampliação do número de Câmeras do “Olho Vivo” e 4) a reforma e manutenção da Praça Firmina Santana, no Centro da Cidade.
Wilson tentou até o último momento que parte do recurso fosse usado para esse fim, mas o líder de governo Marcos Oliveira, argumentou e por fim “orientou” os Vereadores da base a votarem contrários às emendas do Vereador Wilson Martins (PSB) e do Vereador Silvio Magalhães (PTB)
De um lado, Marcos Oliveira (PSDB), explicava que o recurso do empréstimo teria um fim específico e não poderia ser usado para obras, mesmo que tenham relevância. “-Temos que trabalhar com prudência e com responsabilidade porque se esta emenda aditiva passar vai prejudicar o projeto e toda a cidade,” afirmou Pastor Marcos.
De outro lado, Wilson Martins defendia que parte do recurso fosse usado em obras no bairro Alto do Açude, tendo como principal argumento um ofício do Prefeito dizendo que “o empréstimo era para construção do Centro Administrativo e a fala do Secretário de Planejamento na tribuna da Câmara.”
“-O Secretário mesmo disse que o valor necessário para mobiliar o novo Centro Administrativo era só 8 milhões. E Então, já que vai sobrar 12 milhões, porque não usar? Eu não entendo porque essa perseguição com os bairros da periferia,” indagou Wilson.
A emenda modificativa de Wilson foi rejeitada por 12 votos a 2 e o projeto de lei 054/2017, que autoriza o empréstimo de 20 milhões, foi aprovado na forma original.
Ao sair do plenário, um vereador que apesar de ocupar um partido de esquerda tem acompanhado as orientações do líder de governo confidenciou, “Tem coisa que a gente não tem que discutir não, é só aceitar e deixar passar mesmo, porque senão corta cabeça,” explicou.
