Não há confirmações do Corpo de Bombeiros e de órgãos oficiais dando conta de que o incêndio tenha sido realmente intencional, mas relatos de moradores das proximidades nas redes sociais afirmam que o local é frequentado por usuários de drogas que sempre deixam “bitucas” de cigarros e restos de materiais em chamas no local.
A árvore centenária da Praça do Rosário já agoniza há vários anos e vem perdendo suas folhas, o que podia ser visto na copa que era cada vez menor. Fungos e bactérias podem ter sido o principal motivo do adoecimento da planta, além de sucessivas podas mal feitas na gameleira.
A "Gameleiras" que compõe o cenário no largo do Rosário não é típica do Cerrado e historiadores contam que os escravos trouxeram sementes da árvore para a região e que usavam as folhas para fazer um “chá alucinógeno” muito consumido pelos grupos.
Também conhecida como “mata pau” ou “figo”, a árvore tem raiz pivotante e seu comprimento é maior do que o das outras, e também ramificações ou raizes secundárias que vão crescendo em direção à áreas mais úmidas. As árvores que apresentam este tipo de raiz, costumam apresentar um porte bem elevado e trabalho de absorção fica portanto a critério das raízes mais novas e delgadas.
Durante a reforma e restauração da Igreja do Rosário foram encontradas ramificações embaixo da Igreja e moradores da região do largo do rosário relatam que encontraram ramificações da “Gameleira” embaixo de suas cozinhas e banheiros durante reformas.
O nome Gameleira é derivado de sua madeira macia e fácil de trabalhar, utilizada para fazer gamelas (uma espécie de bacia). É também conhecida como "mata pau", pois pode crescer junto a uma árvore já formada, como uma epífita, e com o tempo compete com o hospedeiro, podendo matá-lo, tornando-se uma árvore autônoma.
Fotos: Arquivo Paracatu.Net e Grupos de What's APP
