“Recursos são limitados, racionamento tem que existir”, afirma especialista

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A ausência de chuvas nos meses considerados essenciais para o abastecimento deixou a situação no Município de Paracatu e em toda a região ainda mais crítica. Não se sabe ao certo se esta é a “maior crise hídrica  registrada na história” mas a seca começou mais cedo do que o normal.
Já é comum que alguns bairros da cidade fiquem sem água na maior parte do dia e outros chegam a ficar até 3 dias sem o fornecimento de água.
Diante desse cenário, a COPASA iniciou uma campanha educativa para alertar a população sobre o uso consciente da água e não descarta a possibilidade de racionamento.
Fotos e vídeos do Rio Paracatu, Rio Santa Izabel e Rio São Pedro em alguns pontos praticamente secos são postados e compartilhados a todo momento pela população nas redes sociais sempre com um questionamento que busca saber “de quem é a culpa”, mas, especialistas avaliam que, nesse momento, o  importante é a população economizar ainda mais até a chegada do novo período chuvoso.
Segundo o biólogo Rodrigo Ordone, diretor da RG BioEngenharia, “a Crise Hídrica não é uma exclusividade de Paracatu por ter uma mineradora, por omissão da Copasa ou por causa da irrigação”. Ele afirma que não há um “culpado isolado na crise hídrica. Tudo é um efeito cascata – uma coisa complementa a outra”.
“-Hoje em dia, ninguém no mundo consegue falar ao certo o que está acontecendo. O mundo está passando por transformação, nos noticiários vemos situação de emergência nos Estados Unidos, nos países da Europa, Ásia, etc.. Estamos passando por vários fenômenos naturais como o El Ninõ, frentes frias que chegam no Brasil, frentes de massa quente, e isso influencia muito mais o clima do que qualquer outra coisa, porque isso nada mais é do que o resultado das mudanças climáticas que o planeta ainda passa”, explicou Rodrigo.
Para Ordone, “é necessário uma administração de recursos, com fiscalização e planejamento do uso desses recursos, que pode resultar em uma gestão de melhor uso desses recursos naturais.”
“-Falta de água é um problema sim, mas existem várias formas de fazer uma remediação, uma compensação em relação à isso. Eu tenho visto poucos programas desenvolvidos em Paracatu, mas são movimentos pontuais que vão surgir efeito a longo prazo. É preciso que todos engajem na luta. Enquanto a gente pensar que o problema é único e exclusivo de Paracatu, não iremos chegar em uma solução,” alertou.
O Biólogo afirma que é preciso juntar conhecimento técnico e tomar medidas de planejamento de uso dos recursos. Diz ainda que “racionamento é uma coisa que tem que existir.”
“-A gente não controla energia elétrica em nossa casa? A energia também vem da água. E temos um controle, porque se não pagamos caro. A água da mesma forma. Temos que começar a racionalizar os recursos pra conseguir ter”, recomendou.
Para o especialista,“existem várias formas de gestões que podem ser feitas pelas empresas, pelos órgãos públicos, e pelos meios que trabalham com esse tema. Mas enquanto houver embasamento técnico e ações efetivas “não é correto dizer que o problema é a mineração, é a agricultura, uma captação de água para a cidade.”
“-Temos que analisar o que a região oferece de recurso, e tentar utilizar isso da forma mais controlada e planejada possível, para que não possamos passar aperto,” finalizou.
Em 11 de fevereiro de 2015, o Governo de Minas anunciou a liberação R$ 809 milhões para obras contra a seca em MG. Os Recursos foram prometidos pelo governo Federal em reunião com força-tarefa do governo estadual na época. Em contato com a Secretaria de Governo, tivemos a informação de que nem o projeto para tal recurso foi apresentado.
http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/governo-federal-promete-r-809-milh%C3%B5es-para-obras-contra-a-seca-em-mg-1.992506
Associação “AMPARA” afirma que tenta contato com a COPASA mas que não tem retorno por parte da empresa. “-Desde 2015 alertamos, e ao invés de da empresa entrar em diálogo pra evitar o colapso, se omite,” afirma o Hander Júnior.
https://amparaparacatu.wordpress.com/2015/11/30/manifesto-em-defesa-da-agua-de-paracatu/amp/
Por meio de nota, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA, disse, que a água que abastece a cidade de Paracatu é captada no Ribeirão Santa Isabel e em nove poços profundos e que a escassez hídrica, vem provocando a redução da vazão do Ribeirão Santa Isabel, desde julho de 2017.
A nota da COPASA, afirma que um plano de racionamento está sendo elaborando para adoção de rodízio no abastecimento, até que seja aprovado o projeto que propõe a implantação de uma nova fonte de captação ainda não confirmada.

Fotos: Emerson Oliveira Melo
Vídeo: Redes Sociais
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