Vereador alerta para risco de envenamento e tragédia humanitária em Paracatu

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Durante discurso na reunião ordinária da Câmara na última segunda-feira (20/02), o presidente da Casa Legislativa, Vereador Ragos Oliveira (PT) voltou a comentar os conflitos entre garimpeiros e seguranças da Mineradora Kinross, afirmando que “outros problemas tão graves quanto os conflitos diários estão sendo esquecidos.”
“Não é só a questão das invasões que me preocupam porque nós temos vários outros problemas com a Kinross, tanto sociais quanto ambientais. Eu tenho notícias de que uma média 400 pessoas invadem com frequência a área de empresa e se cada um que for lá trouxer 10 quilos de rejeito pra ser lavado nas suas casas, no Córrego rico, no córrego São Pedro, isso significa 1 caminhão de material químico despejado em nossa cidade,” alertou Ragos.
Para o parlamentar, a mineradora tem a obrigação de manter todo o material (inclusive o rejeito) dentro da área industrial, com a contratação de mais seguranças ou que busque uma alternativa, legalizando uma área para os garimpeiros “artesanais” tenham também o direito à prática do garimpo. “Os canadendes retiraram a atividade primária do povo de Paracatu e jogaram todos os garimpeiros na clandestinidade,” afirmou.
Ragos também criticou o que ele chamou de “inércia” das ONG’s que atuam na defesa ambiental e da Secretaria de Meio Ambiente. “Cadê as instituições de defesa ambiental? Será que elas só servem pra receber dinheiro de TAC do Ministério Público ou tem acordo com as grandes empresas? Por que nenhuma denúncia prospera?” Questionou. “Eu já denunciei ao Secretário de Meio Ambiente e acho que Paracatu teria que fazer uma multa ambiental de no mínimo 20 milhões de reais,” completou
O presidente também falou da sua preocupação com o que ele chamou de “envenenamento em massa” devido ao material trazido para a cidade e o risco de uma tragédia humanitária.
“Nós estamos correndo o risco de um envenenamento em massa por causa da quantidade de material químico trazido pra dentro da cidade e também de uma tragédia humanitária, porque existem algumas manilhas em que entram até 50 a 60 pessoas por noite dentro da Kinross correndo o risco de serem afogados pelas descargas. Se isso acontecer, aí sim nós vamos sair em rede nacional e nossa cidade vai ser sempre lembrada por uma tragédia,” disse Ragos que, ao contrário do que parecia, ao final de sua fala, afirmou que é totalmente a favor da mineração, mas com algumas condições.
“Não quero ser mal interpretado, mas a Câmara não vai ser omissa. Sou a favor da Mineração sim, sou contra as invasões na Kinross, mas acho que tem ouro pra todo mundo, e os Canadenses não podem simplesmente tomar conta de tudo e decretar pena de morte daqueles que em meio ao desespero do desemprego se arriscam até mesmo pra trazer comida pra dentro,” Finalizou.
Como de costume, nossa reportagem fez contato com a Mineradora Kinross para dar oportunidade ao contraditório e assim levar uma informação completa ao nosso internauta. Leia abaixo na íntegra a nota enviada na tarde desta terça-feira.
Posicionamento Kinross
 As recorrentes ações criminosas em Paracatu, envolvendo nossa área industrial, são uma grande preocupação para a Kinross. Infelizmente, as invasões se somam a outros crimes cometidos no município e trazem um clima de insegurança e medo para os empregados, seus familiares e a sociedade como um todo.
 A Kinross lamenta profundamente os fatos ocorridos em decorrência das invasões às suas instalações por criminosos. A unidade da Kinross é uma área industrial com acesso restrito ao público e, como ocorre em toda área operacional, existem riscos para as pessoas que ultrapassam os limites da propriedade. A empresa informa que o local onde os invasores adentram é uma tubulação fechada, bloqueada com barreiras físicas, sinalizada com placas restritivas e está em uma área industrial, onde naturalmente existem riscos inerentes à operação.
A empresa reforça seu compromisso e responsabilidade com a segurança dos empregados, contratados e comunidade. Emprega ações, aprimora continuamente seus sistemas de proteção e adota as melhores práticas de controles de segurança disponíveis no mercado. Investe constantemente no aumento do contingente de vigilância e equipamentos. Sua equipe de vigilantes é especializada e treinada para agir da melhor maneira em diferentes situações, levando em consideração a segurança dos envolvidos, o respeito às pessoas, à legislação vigente e os valores da companhia.
A Kinross também adota uma série de medidas para garantir a segurança e a sustentabilidade de suas operações em Paracatu. Tais medidas incluem monitoramento ambiental rigoroso, procedimentos de controle de poeira, elaboração de relatórios periódicos para as autoridades ambientais, avaliação anual das instalações de rejeitos e exames médicos voluntários bianuais para todos os empregados, que apresentam índices seguros em relação ao Arsênio. A Kinross adota práticas de mineração consolidadas e está comprometida com a segurança do meio ambiente e das comunidades locais.
Ideia Comunicação
Assessoria de Imprensa Kinross

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