Me engana que eu posto

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Você sabia que o Hospital de Olhos de Sorocaba NÃO está buscando pacientes para cirurgias devido ao excesso de vagas públicas gratuitas? Você sabia que o vídeo do homem que pulou do prédio pra provar que a terra é plana é FALSO? Você sabia que o Presidente Michel Temer NÃO vai privatizar o aquífero Guarani? Muito menos que o Donald Trump chamou os imigrantes brasileiros de “porcos latinos”?
Se respondeu algum não a alguma dessas perguntas, lá vai o alerta: todas são manchetes falsas, apesar dos milhares de compartilhamentos que receberam nos últimos meses e anos na internet, sem falar no enxame via Whats app.
Tudo começa quando as manchetes são elaboradas com títulos picantes e a partir daí, conta com aquela grande parte de internautas que lê apenas o título e as “falsas notícias” na internet se espalham pela internet com velocidade supersônica a partir de sites que imitam a aparência e a linguagem do jornalismo profissional.
Bem, por trás deles, há gente muito esperta, que faz da boataria um negócio, graças ao tino para conseguir cliques. Com uma média de 2 milhões de acessos diários por exemplo, o faturamento de algumas dessas “galinhas gigantes” podem chegar a casa dos 100 000 dólares (cerca de 328 000 reais). A maioria dessas empresas tem sede legal nos Estados Unidos, o que dificulta a tarefa de quem deseja processar aqueles que são eventualmente identificados.
Como funciona? As empresas exploram os serviços como o “Google Adwords” que pagam por audiência direcionada e lucra veiculando anúncios em suas páginas super hiper mega maxi acessadas por uma isca chamada “mentira”.
Um dos pontos preocupantes de sites assim é que o erro deixa de ser um descuido amador para se tornar o fundamento do trabalho, pois as notícias falsas são muitas vezes mais saborosas. Eu estava confirmando uma informação aqui e vi que a página “Click Política” por exemplo teve 281 000 interações (curtidas, comentários e compartilhamentos) no Facebook ao anunciar em caixa-alta: “CONFIRMADO PELO MEC: Universidades públicas serão extintas por todo o país”. O responsável pela postagem assume que não procurou ouvir o Ministério da Educação. Apenas registrou um boato “que correu no Nordeste”.
Nos Estados Unidos, o Google é, ao lado do Facebook, alvo de críticas por reverberar os boatos de fundo de quintal sem restrições eficazes. O Google anunciou que está refinando seu algoritmo para que as mentiras não seja classificadas em suas buscas e promete retirar os Pinóquios virtuais do ar. Já o Facebook contratou jornalistas como “checadores”.
O tema ganha importância crescente no país, em especial depois da vitória presidencial de Donald Trump sobre Hillary Clinton. A democrata se tornou alvo de manchetes mal-intencionadas, que, para analistas, colaboraram para sua derrota. Pra você ter uma ideia, de acordo com uma dessas mentiras virtuais, Hil­lary lideraria esquema de prostituição infantil nos fundos da pizzaria Comet Ping Pong, em Washington. Não são, porém, somente ingênuos eleitores que caem nesse tipo de peça.
Quem publica e espalham o que vê pela frente, acaba se tornando um bom disseminador de interesses, políticos e até mesmo empresariais daqueles que desejam difamar seus concorrentes sem sujar as mãos. (Só pra clarear, lembra quando surgiu boato de dezenas de pessoas estariam sendo internadas depois que beberam Fanta Uva, a Coca cola e outros?  Foram milhões de compartilhamentos que por sua vez devem ter gerado milhões de prejuízo com o baixo consumo.)
É muito bom que todos nós possamos ter voz nas redes mesmo sem grandes recursos. Mas é péssimo que a falta de controle contra as enganações acabe fazendo de cada um desses usuários um (desculpe a palavra) trouxa em potencial.

Fonte: Veja / Internet / E-farsas.com
XMCred Soluções Financeiras
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