As difíceis relações inter-sócio-virtuais-pessoais

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Desde o início da semana, tenho percebido algumas quebras de relações e sérias discussões nas redes sociais, muitas vezes intermináveis principalmente porque acima do orgulho de ouvir, aceitar, entender que pessoas são diferentes… está a capacidade de interpretação e a vontade de se expressar sobre tudo!!!
Temos vistos Drs em economia que não terminaram nem o ensino médio, especialistas em medicina que trabalham no comércio e comerciantes que entendem tudo de física quântica, cozinheiras, motociclistas, contadores que entendem tudo de aviação e ateus que são PHD’s em Direito Canônico.  Tem de tudo na Internet, em particular nas redes sociais.
Por que falar disso?
Ultimamente, temos passado mais tempo no convívio social cibernético do que no convívio social pessoal. Aí, o que acontece, passamos pela experiência de adivinhação de emoções, não há toque, não há olhares silenciosos cheios de significados, não há presença, não há corpo, não há aperto de mão. Há apenas o teclado, o mouse, a tela, o curtir, o compartilhar, o tweetar, retweetar, participar, excluir, bloquear, responder, perguntar, questionar, discordar e por aí vai.
Apesar de serem espaços sociais diferentes, igualmente vale a etiqueta que aprendemos em casa antes de sair para o mundo.
Todos têm suas manias, receios, ideias, caráter, costumes e essa coisa toda, mas todos devem ser, acima de tudo, respeitados por sua opinião.
Assim como tem aquela pessoa que nunca posta nada, existe também a menina que se expõe demais e vice versa. Pra algumas pessoas, pode não ser exagero, mas pros outros sim.
As redes sociais juntam uma quantidade enorme de gente sem noção, de puritanos e pervertidos, de revolucionários, políticos, revoltados, ignorantes e ignorados. Cada um tem algo a dizer, sempre.
Na verdade, o chato começa quando um começa a reclamar de tal coisa, daí aparece o fulano reclamando do que o ciclano tá reclamando, e aí um monte de gente começa a reclamar dos dois que estão reclamando, e uns começam a reclamar dos outros, e daí já aparecem outros status reclamando… e eu estou reclamando dessa gente que como eu só reclama e não faz nada.
A regra é clara, como diria Arnaldo César Coelho. A menos que seu amigo coloque um “o que você acha?” no final da sua postagem, você deve respeitar, talvez curtir, mas, se não houve um “pedido de opinião” não é de bom tom discordar.   Já pensou se o vizinho fica na sua janela ouvindo e discordando das suas conversas?
Deve-se considerar também que, para muitas pessoas, as redes sociais são um local de desabafo, onde se fala o que vem à cabeça. Válvulas de escape do mundo moderno. Não é recomendável que seja assim.
Mas…   Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra. Aliás, Quem nunca desabafou em uma rede social que envie o primeiro comentário…  
Lá muitas vezes os bons costumes e a ética são deixados de lado. Nossa geração vive uma crise de super sentimentalismo e dificuldades nas relações interpessoais. E os meios digitais não deveriam ser os primeiros lugares onde descarregamos nossos sentimentos.
Hoje, gratuitamente, misturamos ofensas e desabafos com uma pitada de indiretas, ironias, sarcasmos, entre outros. É uma forma de nos vermos livres daquele nó que está atravessado na garganta.
Na verdade, parece que é um sentimento agradável, você dá até um suspiro, quando isso acontece nos sentimos mais leves e libertos, mas aí que mora o perigo!
Não são poucas as vezes que vemos e ouvimos notícias de polêmicas e processos oriundos de desabafos impensados em redes sociais.
Todo cuidado no que se diz hoje é pouco. Não é censura, mas sim equilíbrio e responsabilidade, como falamos nesse podcast – Liberdade de expressão nos meios de comunicação.
Costumo dizer: sou responsável pelo que digo, não por como os outros interpretam, mas infelizmente em nossa sociedade – hoje, por mais que se negue, composta por “magoadinhos” – a chance de a interpretação ter uma conotação completamente diferente do que foi dito e a ênfase da visão do receptor ser apenas a única verdade, não é pequena.

Lembre-se: palavras são como penas soltas em uma ventania. Você nunca mais poderá recolher o que foi dito.

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