Durante a audiência pública realizada na Câmara de Vereadores em Paracatu nesta terça-feira (30/11), ficou clara a divergência de ideias entre o governo municipal e representantes do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. As autoridades que fizeram uso da palavra apresentaram opiniões bem distintas sobre o tema.
O primeiro a falar foi o Promotor Paulo Campos, que elogiou a estrutura do Hospital Municipal, as equipes dedicadas e afirmou que já presenciou “profissionais trabalhando até sem condições para cumprir o seu dever e dar o atendimento adequado.”
Dr Paulo ainda criticou a realização da audiência com a ausência de pessoas que usam do serviço de saúde pública. “-Me desculpem todos vocês, mas quem está aqui não representa os usuários da saúde pública de Paracatu. Quem eu vejo aqui são funcionários públicos, são secretários que não podem falar em nome da população mais carente que precisa.”
“O que eu vejo pelas vezes que estive no Hospital e pelas denúncias que recebemos é que alguns problemas existem, na portaria, no atendimento, mas isso é uma questão de gerenciamento e não é por isso que nós precisamos terceirizar o serviço. ” Disse Paulo Campos.
Ao final, ele ainda destacou o trabalho do Ex-Prefeito Vasquinho que segundo ele, “fez grandes realizações na área da saúde sem precisar terceirizar”.
“-Conta-se nos dedos de uma mão, no estado de Minas Gerais, as cidades do porte de Paracatu que tenham Hemodiálise e UTI funcionando e quando o Vasquinho falou em implantar a UTI e a hemodiálise, todos falavam pra ele não fazer aquilo porque iria ser muito caro, mas ele teve coragem e sensibilidade, foi lá e fez e o serviço tem salvado muitas vidas.” Afirmou o representante do Ministério Público, que ainda deixou o recado.
“-É preciso que a população conheça de verdade a saúde pública fora de Paracatu, onde os Hospitais parecem hospitais de guerra. A Saúde Pública em Paracatu é de se orgulhar e por isso nós não podemos aceitar se demonizar a saúde porque o que está acontecendo é a tentativa de precarização dos serviços e precarização da relação de trabalho com os servidores públicos. Fiquem atentos, pois, nada é tão ruim que não possa piorar.” Afimou.
Por: Glauber César
