O Ministério Público de Minas Gerais e Prefeitura de Paracatu realizam neste momento (30/11), uma Audiência Pública para discussão de problemas na saúde do Município e buscar alternativas para melhoria no atendimento da comunidade.
No início da reunião, representando o Ministério Público, Dra Mariana Leão destacou a importância da participação da comunidade naquele momento. “-Antes de sermos servidores públicos, nós somos todos usuários potenciais do serviço público de saúde. Hoje nós estamos aqui pra tratar um assunto que é de fundamental importância pra toda a população, por isso eu volto a ressaltar que a população deve participar e apresentar proposta concretas que repercutam .” Explicou Dra Mariana em sua saudação.
O Prefeito Olavo Condé reforçou a boa vontade do governo municipal no sentido de atender os anseios da comunidade. “-Nós queremos ouvir a população e fazer o que é melhora pra todos, por isso que estamos aqui.” Afirmou o chefe do Executivo.
Tiago Lucas, do Instituto Laborare que administra atualmente o Hospital iniciou sua fala admitindo que o atendimento no HM precisa ser melhorado, e que conta com a participação dos usuários do sistema para a criação desta agenda. “-Temos que melhorar muito e talvez esta seja uma oportunidade pra população se manifestar e nós possamos sair daqui com alguma agenda sugestão de melhoria da comunidade.”
O representante da empresa terceirizada para os serviços da saúde também comentou o ponto de maior preocupação da empresa. “-O maior desafio é reduzir as filas no Pronto Socorro e fazer as pessoas entenderam que o atendimento ali, não é por ordem de chegada e sim pela gravidade que é definida por protocolo.” Complementou.
Em sua fala, Tiago Lucas disse que são gastos quase 4 milhões de reais por mês no Hospital Municipal, sendo 3 milhões e meio por mês do município e 500 mil reais que vem do SUS. “-O Hospital está sempre cheio, mas os números apresentam uma média de 60% de ocupação. O grande problema é a má gestão pois, o município hoje está gastando muito com a saúde, pagando médicos, mateirais, medicamentos e outras despesas, mas o processos apresenta muitos erros que causam “glosas” e o município deixa de receber do SUS por causa de erro no preenchimento da AIH.” Afirmou.
O administrador ainda destacou a “regionalização do hospital” que segundo ele faz com que a saúde pública do município de Paracatu atenda um número muito maior do que aquele previsto em seu orçamento, em seu planejamento. “-Os pacientes de municípios vizinhos são atendidos aqui, mas não fazem parte do planejamento do município. Várias cidades mandam seus moradores para serem atendidos aqui. Tem municípios do porte de Paracatu que recebem 2 milhões do SUS.” Finalizou.
