Durante a reunião na Câmara de Vereadores deste segunda-feira (10/10), o Vereador Ragos Oliveira (PT), comentou de forma "estranha e inusitada" as mortes que tem ocorrido dentro da área da Mineradora Kinross e os conflitos entre seguranças e garimpeiros invasores. Ele conclamou o poder público e as autoridades para buscarem uma solução neste impasse e tentou justificar o ato criminoso dos invasores lembrando da história da cidade, que se desenvolveu durante o período do garimpo artesanal de subsistência.
“-Se lembrarmos da história Paracatu nós vamos ver que a nossa cidade surgiu e cresceu baseada na atividade do garimpo que foi extinta quando uma única empresa passou a dominar a atividade na cidade. Hoje em dia, mesmo sabendo que é ilegal, mais de 300 família vivem desta atividade do garimpo clandestino em Paracatu.” afirmou Ragos
O parlamentar relatou que devido à gravidade do caso, já acionou o Governo Estadual e Federal para acompanharem o caso e sugeriu que as mortes dentro da área da Kinross provocadas após ação criminosa de invasores, são na verdade "homicídios duplamente qualificados".
“-Nós temos provas materiais que chefes da Kinross sabiam que haviam entrado pessoas na tubulação e liberaram os gases tóxicos para assassinar as pessoas. O que nós estamos vendo é que a pena de morte foi instituída dentro da Kinross e tudo indica que foi usado um gás letal da mesma forma que Adolf Hitler usava nas câmaras de gás e que exterminou milhões de inocentes durante o período nazista.” Afirmou.
Ao final de sua fala, Ragos disse que a solução tem que ser discutida com urgência, ressaltou que não defende o garimpo ilegal e que o “abismo social em Paracatu também é responsável pelas mortes.”
"-Nós não estamos defendendo garimpo ilegal, muito pelo contrário, mas não é por causa do desespero de um pai de família em buscar sustento pra sua família de forma ilegal que eles – os garimpeiros – tem que ser assassinados dentro da empresa. Precisamos resolver a questão do garimpo ilegal em Paracatu mas não é matando as pessoas que iremos fazer isso.” Afirmou.
Por: Glauber César
