Comemorado em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente vem para chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais. Um dos pontos de atenção da questão ambiental em todo mundo é o descarte de lixo. De acordo com o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2014, mais de 78,6 milhões de toneladas de lixo são geradas no Brasil por ano. Ainda segundo o mesmo levantamento, 90,6% desse total foi coletado, ou seja, 7 milhões de toneladas de resíduos domésticos e industriais deixaram de ser recolhidas e possivelmente tiveram um destino inapropriado.
O que para uns é apenas lixo, para outros é uma grande oportunidade. A gestão correta dos resíduos pode gerar empregos, novos produtos e trazer inúmeros benefícios para o meio ambiente. A Associação de Catadores de Paracatu (Coopercicla), em Minas Gerais, recebe os materiais recicláveis gerados pela Kinross, como papel, papelão, plástico, garrafas PET e caixas de leite. Assim que chega, o material passa por uma triagem. “Depois que separamos os objetos, organizamos por fardos e vendemos para empresas de Belo Horizonte”, comenta a diretora financeira da Associação, Maria Aparecida Rabelo. A Coopercicla emprega atualmente 32 pessoas. “Essa parceria é muito importante para nós, damos a destinação correta aos resíduos e ainda podemos gerar renda e empregar moradores de Paracatu”, finaliza.
Na Kinross, a destinação dos resíduos é tratada com seriedade. Enquanto os materiais recicláveis são encaminhados à Coopercicla, o lixo orgânico é enviado para a compostagem, transformado em adubo orgânico e utilizado dentro da empresa, em jardins e áreas de plantio. Os tambores de 200 litros são enviados para a Associação de Idosos do município, que recupera o material e vende para serem utilizados como latas de lixo na cidade. Já a madeira, é triturada e incorporada aos processos de recuperação de áreas mineradas.
“Cuidamos de 100% dos resíduos que produzimos e somos responsáveis por todas as fases: segregação, acondicionamento e transporte dos materiais, tudo de acordo com o que é estabelecido no Licenciamento Ambiental e na lei”, comenta o engenheiro de Meio Ambiente Ítalo Alves.
Os resíduos não-recicláveis, como óleos, baterias e sucatas são vendidos para empresas especializadas e credenciadas. As lâmpadas passam por processo de descontaminação e são encaminhadas para reciclagem. Alguns materiais são enviados para o coprocessamento, uma tecnologia que usa resíduos em substituição parcial ao combustível que alimenta a chama dos fornos que transformam calcário e argila em clínquer, matéria-prima do cimento.
Resíduo é tema de Semana do Meio Ambiente
Com o objetivo de reforçar as práticas de sua gestão de resíduos, a Kinross irá promover uma programação especial para a Semana do Meio Ambiente, cujo tema será a coleta seletiva. Entre os dias 6 e 9 de junho, os empregados estarão envolvidos em diversas ações de sensibilização, como Diálogo Diário de Segurança (DDS) especial, quizzes, dinâmicas e concurso cultural interno. Com as atividades lúdicas, os participantes irão compreender melhor os símbolos da coleta seletiva e as lixeiras adequadas para cada tipo de material: azul (papel), verde (vidro), amarelo (metal), marrom (orgânico), cinza (não recicláveis), laranja (produtos perigosos).
“Nosso objetivo é levar nossos empregados à reflexão de que a coleta seletiva se aprende na prática e pode ser feita tanto na empresa quanto em casa. Além disso, disseminamos a preservação do meio ambiente, que também faz parte do direito à vida, garantido pela Organização das Nações Unidas (ONU)”, finaliza Marcos Morais, chefe de departamento de Meio Ambiente da Kinross.
Colab. Fabrício Soares / Ideia Com Empresarial.
