Parecer afirma que redução do número de vereadores diminuirá representatividade e não garante redução de custo

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A Vereadora Eloisa Cunha (PMDB), apresentou na reunião da Câmara na última segunda-feira um parecer técnico e jurídico do Instituto Brasileiro de Administração Municipal, que segundo ela, endossou a sua decisão de ser contrária à redução do número de vereadores no legislativo de Paracatu.
“-Antes de mais nada, devemos lembrar que nosso município nunca elegeu nem vice prefeita e teve apenas 2 candidatas. Que hoje nós temos 7 negros e 2 mulheres aqui na Câmara mas isso nunca aconteceu antes. Em legislaturas anteriores tínhamos menos representatividade e os custos eram os mesmos. Esses ativistas caíram aqui de outro planeta e não sabem o que estamos vivendo. Essa reduzir do número de vagas vai apenas elitizar a Câmara e reduzir a chance daqueles que não tem milhões pra gastar na campanha.” Afirmou Eloisa, destacando sua posição política em defesa das mulheres e deixando clara também a sua insatisfação com os líderes do Movimento Mais Paracatu.
A Vereadora leu o Parecer do Instituto Brasileiro de Administração Municipal sobre o princípio da representatividade e a realidade de Paracatu, relacionando população, lei orgânica e a Constituição.
“-A Constituição Federal do artigo 29, 4º deve estar em consonância com a lei orgânica e por sua vez, observar a população do município, que segundo o IBGE é de 91.027 habitantes. Não pode ser fixado um número de vereador ínfimo em relação a população e na forma do artigo 29 inciso 4 alínea e da Constituição o município de Paracatu exige no mínimo 16 vereadores.” 
Eloisa criticou os movimentos que segundo ele “nunca fizeram nada pela cidade” e vivem em constante de manipular o governo através do pressão e lobby no executivo e legislativo municipal. “-Eu não tenho medo de perder eleição. Eu perco a eleição, mas não perco a minha dignidade e não perco os ideais das bandeiras que eu carrego, de deixar a desejar com as pessoas que acreditam em meu trabalho.”  Finalizou.
O Vereador João Macêdo (DEM), mais uma vez silenciou a câmara com sua fala e sua reflexão a respeito do projeto de lei.
“-Estou encerrando minha vida pública e por isso considero que tenho legitimidade para falar. É simples entender esse movimento porque com essa redução a elite vai tomar conta da casa. Com 11 Vereadores fica muito mais fácil manipular o legislativo do que com 17, basta confirmar o que aconteceu neste governo. Todos sabiam que esse governo não iria dar em nada porque no início veio aqui, ofereceu cargos, condições e hoje? Qual a realidade? Quantos aqui ainda estão com o governo?”  indagou.
Macêdo ainda questionou a idoneidade do movimento que defende a redução e antecipou uma realidade difícil para candidatos com pouco poder aquisitivo e representantes de comunidades mais pobres.
“-Com qual autoridade esse movimento sujo vem falar que Paracatu deveria ter 11 ou 17 Vereadores?  Com que moral um criminoso que lidera esse movimento pode falar que a Câmara tem que reduzir as cadeiras pra 11?” Questionou.
“-Deus me deu 5 mandatos nesta Câmara então eu tenho todo direito de despedir com a cabeça erguida e garantir a vocês que a única coisa que esse projeto vai fazer é tirar chance de pessoas novas, de representantes de minorias que não tem milhões para gastar em uma campanha, de ocupar uma cadeira nesta casa.”  Finalizou o Vereador, recebendo em seguida várias manifestações de apoio, de populares que acompanhavam a reunião.

Por: Glauber César

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