E aí? Já fez download do Aplicativo da Receita? Tá apertado com a declaração de Imposto de Renda esse mês né? Ou tá esperando pra fazer tudo isso na última semana de março?
Geralmente nesta época do ano, milhões de brasileiros estão em meio a dura tarefa de declarar imposto de renda. É a hora de reunir documentos oferecidos por empregadores e pelos bancos nos quais você tem conta, mais aqueles recibos de gastos com saúde e educação ao longo de todo o último ano e começar a preencher a sua declaração de imposto de renda, ou então… entregar tudo a um contador e continuar curtindo aqueles momentos de folga com a família, ostentando o carro novo, gastando o dinheiro que tá sobrando, bom, dizem que ainda existem pessoas que tem dinheiro sobrando e não estão reclamando da crise.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, porém é preciso ficar atento, pois, cada vez mais, a Receita Federal tem usado as redes sociais para monitorar possíveis incongruências (palavra complicada né? Mas significado é simples, são diferenças) entre o estilo de vida de um cidadão e a sua declaração.
Segundo a Receita Federal, não se trata de violação de privacidade, mas apenas do uso de uma ferramenta legal e aberta ao público capaz de oferecer muita informação sobre as pessoas. Não é uma questão de intimidade, mas uma questão de avaliação patrimonial e de disponibilidade financeira.
Fiscais da receita, afirma que existem situações de pessoas que colocam fotos de muitas viagens, carros de luxo e outros bens que indicam que ela tem um patrimônio elevado. Mas quando avaliam a sua declaração, parece que é um assalariado que quase precisa do auxílio de um bolsa família. Nestes casos, fica evidente a divergência entre o salário informado e a vida social que tem.
A receita garante que quando nota alguma irregularidade, o contribuinte é convocado a prestar esclarecimentos e na melhor das hipóteses, quando as justificativas são aceitas, a pessoa é liberada; ou na pior delas, o cidadão pode ser autuado e multado podendo também, caso seja identificada uma fraude, dolo ou simulação, do contribuinte ser representados ao Ministério Público, com possibilidade de, em casos de condenação, da pessoa, ou melhor, do contribuinte como a receita gosta de chamar, pegar de dois a cinco anos de reclusão.
Mas acredite, não é só no bolso que a super exposição em redes sociais é prejudicial, é também uma questão de segurança!
Você já percebeu com certeza de que, mais do que compartilhar links, informações e fazer novas amizades, as redes sociais funcionam como diários virtuais em tempo real. São comuns postagens de gente narrando a rotina, reclamando do trabalho, mostrando a roupa do dia, exibindo sua localização: na academia, na faculdade, no hospital ou na balada. Isso sem contar os "selfies", os autorretratos e até a foto do prato que fez para o jantar… Aquele macarrão cremoso, gostoso… ops! Foi mau… fui eu que postei sim, desculpa aí.
Mas macarronadas à parte, navegar pela internet é como caminhar na rua, temos as leis de trânsito, as normas e os cuidados com a sinalização. Apesar da internet parecer um local onde "tudo é possível", também temos que seguir certas regras e principalmente tomar cuidado.
O Facebook, o Twitter, o Instagram e outros também são ferramentas utilizadas pelos criminosos virtuais que criam perfis para tentar se aproximar das vítimas, principalmente adolescentes e aos poucos vão descobrindo detalhes sobre a vida daquela pessoa. Onde estuda, pelo uniforme que estava usando naquela selfie, qual o carro do pai, que estava no fundo naquela foto da família, onde mora, qual academia frequenta e onde vai aos finais de semana por aquele “compartilhamento de localização” e assim por diante.
A nossa dica é básica e já falamos aqui outras vezes. Não quer correr risco? Não quer ter problemas? Evite expor muitos detalhes da vida pessoal em redes sociais, não permita que criminosos criem verdadeiros dossiês sobre você e sua família.
Não seja você mais uma vítima e um número nas estatísticas.
Se cuida, porque como diz o meu amigo Ailton Pinheiro: “-Quem não houve cuidado, ouve coitado!”
