Presidente da Câmara diz que instituições são elitistas e arbitrárias; que o prefeito Condé está metendo a colher onde não devia e sobra até para o MP

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          Após receber de forma diplomática e até cordial os representantes das 22 instituições sociais que foram à Câmara reivindicar redução de salários e outros gastos dos vereadores, o presidente João Archanjo Mendes Santiago, do Solidariedade, subiu o tom da discussão. Em entrevista ao Programa Opinião e Debate, veiculado pela Rádio Juriti, o vereador classificou o “Movimento em prol de Paracatu” de elitista, sem legitimidade e autoritário; e acusou o prefeito Olavo Condé, do PSDB, de afrontar o Legislativo e  nos seus assuntos meter a colher, agora por estar incentivando a manifestação e a ação proposta à Justiça pelas entidades. Ao acionar sua metralhadora giratória, sobrou até para o Ministério Público, acusado de desrespeito a um Poder e falta de isenção, em razão de a promotora Mariana Leão ter comparecido a reunião dos manifestantes em casa de festas e ter batido palmas para os seus representantes, depois marcando presença também na sua ida à própria Câmara.    
          O presidente condenou as instituições signatárias do pedido de redução de gastos, que martelou representarem uma elite, e não o povo pobre que a Edilidade defende prioritariamente, embora reconhecendo que elas  desenvolvem um bom trabalho social.  É que, no seu entendimento, estão jogando para a torcida, insuflando  a população contra os parlamentares, tentando impor, na base da pressão,  seus pleitos a uma Câmara legitimamente eleita pelo voto popular. Não houve, segundo ele, nem mesmo uma tentativa de diálogo prévio, ao que, ainda segundo ele, a Casa e a Presidência sempre estiveram abertas, “mas não: foram foi para o rádio”. Acusa os presidentes da Associação Comercial e Empresarial e do Sindicato do Comércio Varejista de intimidação e retaliação, em razão de terem tentado, com o aval do Sindicato dos Servidores Municipais, impor  seus interesses, obrigando o funcionalismo a adquirir um único e específico cartão de crédito,  no que  foram contidos  pela Câmara.   
          Durante sua entrevista radiofônica, Archanjo, que chegou a falar em racismo e preconceito contra os vereadores negros, mas sem nominar quem teria feito isso, disse respeitar as reivindicações, emendando que elas podem ser atendidas, sim, discordando, contudo, da forma que foram propostas porque, no seu modo de entender, afrontaram a democracia a duras penas construída pela sociedade. A solicitada revogação da Resolução da Mesa Diretora,  que autorizou a contratação de 17 assessores de rua para os vereadores,  já está funcionando automaticamente, eis que faltam recursos orçamentários para que as vagas sejam preenchidas.   A redução da quantidade de vereadores, de 17 para 11, já tramitava na Casa, conforme projeto de autoria do vereador Glewton de Sá, do PROS, não sabendo o presidente, contudo, se a mesma será aprovada ou não.
          João Archanjo opinou também entender, particularmente, que a proposta de redução do número de vereadores, de 17 para 11, é negativa, por enfraquecer a representatividade ao favorecer a eleição apenas de candidatos que têm dinheiro, excluindo do processo eleitoral aqueles líderes comunitários mais humildes, por exemplo, bem como candidatos que têm seus méritos, mas não têm grana nem para as despesas mínimas. E, enfim, reiterou que toda e qualquer proposta em benefício da comunidade poderá ser discutida sem açodamento, porém, nunca imposta a quem tem legitimidade por um movimento que, a seu ver, não tem.
          A discussão, pelo visto, vai continuar. E esquentar!

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

 

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