Paracatu, Terra sem Lei: Instituições de peso reagem à criminalidade e pedem intervenção federal. Serão ouvidas?

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          Expressivas lideranças e instituições de Paracatu estão reagindo à violência desenfreada que desmoraliza uma cidade histórica e o seu povo pacífico e ordeiro, fazendo de ambos motivo de deboche, conforme há muito vem denunciando o Toco do Pecado. Agora, reivindicam a intervenção do que chamam de Força Nacional, tendo em vista o fato de o ineficiente aparato de segurança disponível, de responsabilidade principalmente do governo estadual, mais parecer uma piada de mau gosto e não proporcionar a segurança pela qual a sociedade paga, e caro, mas à qual ela não tem direito. Cópia da reivindicação foi enviada ao prefeito Olavo Condé, do PSDB, que encaminhou o pedido ao deputado federal Silas Brasileiro, do PMDB, que é da base governista em Minas e no Brasil. Antes, o tema havia sido objeto de pronunciamento do também deputado federal Eros Biondini, na Câmara dos Deputados.    
          São signatários do pedido de intervenção da Força Nacional a Associação Comercial e Empresarial (ACE), o Conselho de Segurança Municipal, o Sindicato do Comércio Varejista, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a Cooperativa de Crédito Sicob/Crediparnor, a Cooperativa Agropecuária Vale do Paracatu, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADESP), a Associação do Projeto de Irrigação Entre Ribeiros, o Sindicato dos Produtores Rurais, os três clubes de serviço Rotary e as lojas maçônicas Nova Luz Paracatuense e Amor e Justiça. Aliadas a outras instituições, como a Câmara Municipal e várias igrejas, que já demonstraram inconformismo com a matança desenfreada e os crimes contra o patrimônio que proliferam, são todas instituições de peso, devido ao que é de se esperar que a segurança pública seja olhada com maior atenção a partir de agora.
          No documento, as instituições chamam a atenção para a calmaria reinante em cidades do mesmo porte de Paracatu, enquanto aqui, paralelamente, os índices de furtos, roubos, homicídios e até sequestros tipo relâmpago vêm sendo “altíssimos”.  Esse “caos” vem obrigando empresas consolidadas fecharem as portas, estudantes universitários de fora abandonarem seus cursos, famílias rurais migrarem para a cidade, fugindo da crueldade que infestou até os campos. “A violência está degradando famílias, patrimônios e afetando diretamente o desenvolvimento econômico e sustentável do município”. E a encruzilhada diante da qual estão importantes segmentos da sociedade é: “Ficamos a mercê da violência, sendo cúmplices de um estado que não nos beneficia com suas responsabilidades que, dentre outras, é proteger ou morreremos vendo o caos tomar conta do nosso município?”.
          As forças vivas da sociedade, exauridas, exigem providências, pois “Não podemos deixar que mais (outras) dezenas de famílias sejam desoladas pela violência; não podemos permitir que o progresso se encerre devido aos altos índices de fechamento de empresas que não suportam mais a frequência dos assaltos em seus estabelecimentos; não podemos aceitar que se finde a agricultura e a pecuária, pois produtores estão abandonando seus estabelecimentos por falta de segurança”.  Ou seja, os pobres já são “lascados” e abandonados por natureza; os ricos muito têm, inclusive em atenção do Estado, ainda que não precisem dele; mas segmentos produtivos, que geram empregos e renda, estão a dizer que, em termos de segurança, o Estado está falhando e faltando. Ouvirão o Estado e seus prepostos este novo clamor?               
 
Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

   

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