Reportagem apresenta resultados de exames e afirma que atividade de Mineradora contaminou crianças em Paracatu

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A polêmica sobre a contaminação por arsênio voltou à pauta das conversas por toda a cidade logo no primeiro dia ao ano. Uma matéria do Jornal Correio Braziliense, veiculada também no Jornal Estado de Minas, apresentou resultados de exames realizados por moradores das proximidades da Bacia do Rio Santa Rita, que comprovam a contaminação da água e referências maiores em até 100% ao padrão da Organização Mundial da Saúde.

Segundo o relatório apresentado ao Jornal Correio Braziliense, foram analisadas amostras de 37 pessoas de um total de 112 residentes da Bacia do Santa Rita.

Veja a matéria completa abaixo.

Enquanto novos estudos não são realizados em Paracatu (MG) sobre a possível contaminação da população e do meio ambiente por arsênio — fruto do processo de extração do ouro na região —, um geólogo da cidade localizada a aproximadamente 200km do Distrito Federal realizou testes que comprovam o risco de morte sofrido por quem mora ao lado da maior mineradora a céu aberto do país. Márcio José dos Santos coletou amostras de água subterrânea e superficial do Ribeirão Santa Rita, próximo às barragens de rejeito da multinacional canadense Kinross Gold Corporation, para onde são encaminhados materiais líquidos e sólidos decorrentes do processo de retirada do mineral.

A coleta foi feita entre abril e julho do ano passado, a pedido de produtores rurais da área, e enviado para análise em Uberlândia (MG). Na conclusão do estudo, o geólogo constatou, além da contaminação da água, altos níveis de arsênio em resultados de exames de urina da população ribeirinha. Segundo o relatório, foram analisadas amostras de 37 pessoas de um total de 112 residentes da Bacia do Santa Rita. Nenhum dos indivíduos teria trabalhado na mina Morro do Ouro em condições de risco ocupacional.

Em entrevista ao Correio, o geólogo revelou que o mais impressionante ao longo do estudo foram os resultados dos exames das crianças, cujos índices de contaminação foram superiores aos dos adultos. Um dos trechos do documento destaca média de 18 microgramas de arsênio por grama de creatinina na população infantojuvenil, quando os valores de referência são de 10 microgramas. Esse parâmetro está estabelecido na Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde, que segue o padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS), vigente desde 2001.

Fonte: Mariana Laboissiere / Correio Braziliense

Em nota, a Mineradora Kinross discordou dos estudos.
Nota da Mineradora Kinross

A Kinross desconhece os resultados dos estudos citados na matéria do Correio Braziliense em sua edição do dia 2 de janeiro.  Fiel aos seus princípios globais de responsabilidade corporativa a empresa reafirma sua crença nos estudos científicos que já foram elaborados e apresentados publicamente por respeitados estudiosos e cientistas nacionais e internacionais. Conforme já foi apresentado em audiências públicas realizadas em Paracatu, extensivos estudos epidemiológicos (análises de urina, sangue e cabelo) em quase 800 moradores de Paracatu concluíram que a exposição ao arsênio em Paracatu é baixa. Dois estudos, um pelo Centro de Estudos Epidemiológicos e Ambientais de Minas Gerais (CEMEA) em 2012 e outro pelo CETEM em 2014, confirmam que as taxas de câncer em Paracatu são geralmente as mesmas que aquelas observadas em Minas Gerais, tipicamente menores que o geral no Brasil e bem abaixo de outras cidades como Nova Lima.

Para a Kinross, a saúde e a segurança de seus empregados e das comunidades locais são prioritárias. Mais informações podem ser obtidas em www.mitoseverdadeskinross.com.br.

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