Eleições 2016: e eis que surge Oswaldo, um pré-candidato a prefeito de Paracatu com muito gás

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          Bem disse o ex-governador Magalhães Pinto, uma das maiores raposas do meio em Minas e no Brasil, quando sentenciou: “Política é como uma nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. O quadro sucessório municipal de Paracatu, quase um ano antes do próximo pleito, já apresentava sinais de cristalização, quanto pintou a novidade: o empresário Oswaldo Roque da Silveira, presidente da comissão provisória do PSDC, é pré-candidato a prefeito e deverá confirmar sua candidatura no momento oportuno. 
          Oswaldo, 46 anos, casado, mineiro de Alvarenga (Vale do Rio Doce), é, no verdadeiro sentido da expressão, um self-made man, comerciante do ramo de distribuição de gás, possuindo três empresas em Paracatu – Paragás, Peçagás e Redegás -, uma em Três Marias e está adquirindo mais uma, em Cristalina-GO. Está na cidade há cerca de 16 anos e, sabedor de que aqui, em política, se dá rasteira até em cobra, puxando o tapete de novos atores no processo sucessório, procurou garantir logo uma legenda, fundando o PSDC, cujo robustecimento buscará logo no início do ano novo.
           Na política, teve uma participação discreta como candidato a vereador na cidade de Urupi-ES, anos atrás. Depois veio para Paracatu com a cara e a coragem, inicialmente para participar de um leilão de veículo penhorado pela Justiça do Trabalho. Gostou da cidade e acreditou em suas potencialidades, fixando residência com a família e abraçando a distribuição de gás e água mineral, hoje uma rede regional. Arrimo de família, teve que abandonar os estudos para criar os cinco irmãos menores, e só agora, estabilizado na vida, é que está voltando à sala de aula,  frequentando o CESEC de Paracatu, em que pese a apertada agenda normalmente tomada pelo trabalho diário. “O sucesso é 10% inspiração e 90% transpiração” – diz.
          Na política local, participou apenas apoiando candidaturas vitoriosas, a última delas de Olavo Condé, do PSDB, com quem diz estar decepcionado. Entende que as administrações que se sucederam à frente da Prefeitura fizeram apenas superficiais  maquiagens, nenhuma delas criando e implantando um planejamento estratégico à altura das potencialidades de Paracatu. Confirmada a sua candidatura, no prazo estabelecido pela legislação eleitoral, com a qual demonstra especial cuidado, pretende discutir à exaustão com o povo, dentre outros assuntos, o binômio segurança e saúde pública – grande dilema que o município enfrenta e que as suas  lideranças não souberam ou não tiveram coragem e/ou visão para atacar de forma eficiente e real.
          Cauteloso, mas não ingênuo, o novo político se diz vacinado contra determinadas práticas políticas e seus adeptos. Assim, não será atraído pelo “canto das sereias” manjadas e nem seguirá seus tortuosos caminhos.  Aliás, chamará a atenção para um mistério que ronda a política local: o prefeito de Paracatu recebe vencimentos que, somados, chegam a cerca de R$ 1 milhão em todo o seu mandato. Como pode alguém ser candidato e gastar de três a seis milhões de reais numa campanha para chegar lá? É doido ao ponto de rasgar dinheiro ou tem aí alguma coisa mal explicada?
           Se oficializará ou não a sua campanha, que ele garante ser para valer, só o tempo dirá. De antemão, o que se pode dizer é que ela constitui uma novidade, sim,  o que costuma ser bem recebido pelo eleitorado de Paracatu, normalmente receptivo ao novo. Portanto, lancem suas fichas, senhores: está aí Oswaldo, um pré-candidato a prefeito que (perdão pelo trocadilho!) está com o gás todo…   
   

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

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