Audiência Pública debate casos de pedofilia e prevenção em Paracatu

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A Câmara Municipal de Paracatu, realizou nesta terça-feira (17), a pedido da Vereadora Marli Ribeiro (PTB), uma audiência pública para discutir os casos de pedofilia e o combate a esse e outros crimes de abuso na cidade.

De acordo com a promotora Dra Mariana Leão, a maioria dos casos de pedofilia em Paracatu que chegam até ao Ministério Público “acontecem dentro da casa das vítimas. O vínculo familiar com o agressor representa a maioria dos casos, dos quais as crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos de idade, foram vítimas de amigos e conhecidos da família.”  Afima a Promotora

Com relação à situação dos casos de pedofilia que chegam a Policia Civil para investigação, Dr. Edson Morais, Delegado Regional da PC, esclareceu que, em Paracatu os casos de estupro são poucos se analisados proporcionais a população e a realidade nacional. Explicou também as dificuldades na investigação dos casos.

“-As maiores dificuldades pra nós da Polícia Civil, são relacionadas às provas que na sua maioria são subjetivas. Quem pratica um crime desse não deixa lesões ou deixam lesões que horas depois não existem mais e pra comprovar crimes desta natureza é preciso apresentar alguma prova. A dificuldade é muito grande na coleta das provas e até mesmo na resistência da família.” Explicou Dr. Edson que ainda falou dos números oficias e alertou para o rigor da lei.  

“-Em 2015, temos 18 casos suspeitos relatados em Boletim de Ocorrência. Vale ressaltar que o simples fato de ter no computador uma imagem sexual de alguma forma relacionada com as crianças é crime.”  Finalizou.

Renato Ferreira, Presidente do Conselho Municipal da Criança e Adolescente – CMDCA, explicou que os equipamentos da Assistência Social estão sempre em campanha e atentos aos possíveis casos entre as famílias acompanhadas. “-Temos feito muitas campanhas de conscientização e divulgação dos canais de comunicação para denúncia. Hoje, nós temos em Paracatu 110 casos que estão em acompanhamento pelas equipes da assistência social, não que sejam casos confirmados, mas estão em acompanhamento por diversos motivos, mas ainda não confirmados casos de abuso.”  Afirmou Renato

O Promotor Dr. Nilo Guimarães, destacou que a prevenção ainda é o melhor caminho. “-A prevenção deve ser vista como a solução porque muitas vezes nós temos apenas a palavra da criança que está possivelmente sofrendo um abuso sexual e o acompanhamento do Conselho Tutelar e da toda a rede sócio assistencial é de suma importância.”

A Vereadora Marli Ribeiro (PTB), ressaltou que a audiência é importantes para o fortalecimento da rede de proteção à criança e ao adolescente de Paracatu.

“-Eu apresentei o requerimento solicitando a realização dessa audiência porque não podemos fechar os olhos para este problema que está invadindo os lares e destruindo famílias e marcando vidas com cicatrizes difíceis de serem curadas. Como terapeuta eu atendo muitos casos de crianças e adolescentes que são vítimas de abuso sexual, atendo educadores que não sabem como lidar com o assunto. Por isso, precisamos debater o assunto, buscar solução para os problemas e nos envolver nesta causa. Órgãos como a polícia, o conselho tutelar, o Ministério Público, conselho da criança e do adolescente, CREAS e CRAS trabalham muito para combater este mal e nós precisamos nos unir e ajudar essas instituições porque o silêncio tem mutilado nossas crianças. Precisamos incentivar as denúncias e cuidar com muito carinho das vítimas desse crime.” Afirmou a vereadora Marli Ribeiro.

Todas as demandas apresentada pelas autoridades e órgãos participantes da audiência foram transformados em requerimentos que já foram protocolados na câmara municipal pela vereadora Marli Ribeiro.

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