Dia da Consciência Negra é lembrado pela Câmara Municipal em evento especial

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Por ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra, que será celebrado no próximo dia 20 de novembro, a Câmara Municipal de Paracatu, através de uma proposição requerida pelo vereador Juscelino Carteiro, realizou ontem (18) evento que fez alusão a data para sensibilizar a todos pela conquista dos direitos dos negros e valorização da cultura e história.
Durante a cerimônia estiveram presentes os vereadores Juscelino Carteiro, Gilvan Rodrigues, Oswaldinho da Capoeira, José Maria Coimbra, Marcos Oliveira, Eloísa Cunha e o presidente João Arcanjo. Também foram convidados e estiveram presentes o Prefeito Municipal, Olavo Condé e o professor da Faculdade FINOM, mestre em História e Cultura pela UNB e pesquisador da história de Paracatu, Vandeir José da Silva.
O evento foi marcado por várias apresentações que remetem à origem e história dos negros em nosso país. A fanfarra da Escola Estadual Affonso Roquete realizou uma apresentação que incorporou o ritmo “Olodum” e em seguida foram realizadas apresentações de capoeira, com os alunos do professor e vereador Gilvan Rodrigues e ainda o maculelê, apresentado pelos alunos do professor e vereador Oswaldinho da Capoeira.
O dia 20 de novembro foi instituído como Dia da Consciência Negra em 2003, pela Lei 10.639/03, e é celebrado em todo o país. E em Paracatu a homenagem especial ocorreu para o senhor Aureliano Lopes, de 103 anos, morador do São Domingos.
Segundo o Professor, escritor e pesquisador, Vandeir José da Silva, a estimativa é que no Brasil colonial tenham entrado cerca de 3,5 milhões de negros escravos, sendo instalados principalmente no Rio de Janeiro e de lá migrado para outros Estados brasileiros. “A Consciência Negra é comemorada em mais de mil cidades brasileiras e a data é ponto para parar e refletir sobre o assunto, lembrando a resistência de Zumbi dos Palmares como um dos maiores marcos da história”, disse Vandeir.
O professor também disse que em Minas Gerais o quilombo de Ambrósio é tão importante e significativo para a história quanto o de Palmares. Segundo ele, cerca de 24 Estados possuem comunidades quilombolas e dados de 2012 informam que existem no país 1.838 comunidades quilombolas.
Através de suas pesquisas, o professor contatou que seis são os remanescentes em Paracatu: Machadinho, São Domingos, Amaros, Lagoa, Cercado e Pontal, porém, alguns não se intitulam como remanescentes, pois remetem a época triste da escravidão e preferem a denominação de descendentes de escravos.
Vandeir José da Silva ainda falou sobre as tradições no povoado de São Domingos, que é objeto de seu estudo há muitos anos e hoje sua pesquisa serve como base para outras pesquisas em mais de cinco países. “É necessário entender como as identidades são construídas e de que forma elas são reconstruídas”, finalizou o professor.

O vereador Juscelino Carteiro ressaltou que este não é um momento de comemoração, mas sim de lembrar do sofrimento e do sangue derramado do negro. “Sou descendente de ser humano que foi escravizado e hoje vivemos uma discriminação forjada e maquiada, onde dizem que não existe, mas ela está presente contra o negro, o gordo, o deficiente e tantos outros”. Finalizou o vereador.
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