Mexendo em “meus guardados” encontrei algumas anotações, feitas apressadamente em ocasiões diversas. Frutos da oração do momento, do “espírito” em que me encontrava. Transcrevo tal como se encontra na página “amarrotada” do velho caderno.
Crer em Deus não significa acumular conhecimentos sobre religião, culto, procedimentos, comportamentos, mas sim encontrar uma Pessoa. Uma Pessoa viva!
Significa aproximação, relacionamento, contato, movimento, conversão…
Todos que encontraram Jesus, “naquele tempo”, possuíam uma religião e acreditavam em Deus, muitas vezes por força da cultura ou da família e para seguirem o Cristo precisaram ultrapassar os antigos conceitos e ideias: foram chamados a conversão de sua “religião”, que é a conversão mais difícil!
Os que seguiram Jesus Cristo precisaram refazer suas ideias a respeito de Deus. Tiveram que abandonar o “sistema de leis que pesavam sobremaneira em seus ombros” e adquirir uma nova mentalidade, a mentalidade da liberdade das bem-aventuranças. Deus não é um Deus longínquo e justiceiro que nos castiga na primeira curva de nossas transgressões. Não é assim! Deus é Pai amoroso, misericordioso e sua face de amor nos é revelada em Jesus, nosso amado Jesus!
Saulo de Tarso, fariseu de religião impecável, foi fulminado quando encontrou verdadeiramente o Deus que julgava servir! Pensava servir a Deus e não o conhecia. Sua primeira pergunta foi: “Quem és tu, Senhor?”- At 9,5. O Deus que ele conservava em seu coração não era o Deus Vivo e Verdadeiro.
Em Jesus conhecemos um Deus próximo, conosco, Emanuel. Em Jesus aprendemos que Deus é jovem de qualquer idade, é alegre, terno, amigo! Em Jesus experimentamos um Deus preocupado conosco, solícito, que chora comigo, que nos procura quando Dele nos afastamos, quando “estamos na fossa”…
Em Jesus descobrimos Deus como Pai, que aguarda nossa volta e transbordante de ternura, que não sabe que loucura inventar para festejar, celebrar, nosso retorno ao seu abraço…
Como não crer, como não amar, como não seguir…
