Imagens de peças sacras furtadas em Paracatu são expostas em Belo Horizonte e MP busca recuperar os bens

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Mais de 100 imagens de peças sacras desaparecidas em todo o estado, incluindo 2 de Paracatu, estão expostas no Museu Mineiro até 15 de novembro de 2015.

A exposição promovida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), apresenta 22 painéis e totens informativos com fotos encaminhadas por municípios mineiros para o MPMG com imagens de bens sacros que foram retirados de suas comunidades. A subtração de peças sacras movimenta um comércio ilegal altamente rentável. O comércio clandestino de bens culturais só fica atrás, em volume de dinheiro, dos tráficos de drogas e de armas.

Na abertura da exposição, o coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda, disse que o objetivo da mostra é divulgar as peças sacras desaparecidas para que as pessoas as conheçam e para que possam ajudar o MPMG a recuperá-las. O promotor de Justiça estima que 60% dos bens sacros mineiros tenham desaparecido em razão de furtos, roubos e apropriações indevidas. “Essas peças contam a história da nossa gente e da religiosidade mineira. Quando desaparecem fica um vazio nas comunidades. Por isso, em vez de adornar mansões, queremos que elas voltem ao seu local de origem”, disse Marcos Paulo.

Entre as imagens desaparecidas estão a “Santana Mestra,” medindo – aproximadamente – 70 centímetros de altura. Procedente da Catedral de Santo Antônio de Paracatu, e também o “São Miguel Arcanjo”, medindo – aproximadamente – 1 metro e 40 centímetros de altura, também procedente da Catedral de Santo Antônio. Peça furtada em 01/01/1984.

Marcos Paulo falou sobre alguns dos bens desaparecidos e como foram retirados de seus locais de origem. Segundo ele, os ladrões, em muitos casos, agem por encomenda de colecionadores. Geralmente procuram igrejas de cidades pequenas, que não possuem sistema de segurança. Entram pelas portas laterais, que costumam ser menos protegidas, ou se escondem durante o dia nos templos até os locais fecharem. Outros se passam por restauradores, pegam a peça e devolvem uma cópia. Há também casos de paroquianos que abrigaram peças durante obras nas igrejas e não as devolvem. As peças desaparecidas podem estar em antiquários, residências ou à venda em leilões ou pela internet.

Desde a criação da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, que em setembro completa dez anos, o MPMG já recuperou 365 bens culturais perdidos ou furtados. Para conseguir reaver um número ainda maior, o promotor de Justiça disse que a mostra “Em busca do patrimônio perdido” percorrerá vários municípios, incluindo as principais cidades históricas de Minas Gerais. “A exposição é itinerante. Queremos levá-la a um maior número possível de regiões do estado. Quem quiser que a mostra vá até sua cidade é só entrar em contato com Ministério Público”, disse.

Exposição de bens recuperados

No ano passado, no mesmo local, a exposição Patrimônio recuperado mostrou para o público cerca de 150 peças sacras que, apreendidas pela Polícia Federal ou em operações do Ministério Público realizadas nos últimos anos, que estão sob a tutela do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG).

Mais informações: Em busca do patrimônio perdido
Entrada gratuita – Museu Mineiro – Sala Multiuso
Av. João Pinheiro, 342, Funcionários, Belo Horizonte MG
Informações – (31) 3269-1103.

 

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