Política: os “bois de piranha” e os “vaqueiros mineiros”, de novo!

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button

          Minha amiga Berenice Matos, do centenário bairro Santana, com uma pitada de ironia, costuma dizer que não existe nenhuma certeza na vida, exceto a da morte e da realização do show de Roberto Carlos no final de ano da TV Globo… Ouso acrescentar uma terceira, de ordem política: o surgimento dos chamados “bois de piranha” e do “vaqueiro mineiro” na política de Paracatu, às vésperas de anos eleitorais. Falo disso há mais de três décadas, no jornal, no rádio, na TV e na internet, mas muitos políticos, picados pela mosca azul e/ou “emprenhados pelo ouvido”, continuam garantindo a repetição do fato.

          O fator político “bois de piranha” se assemelha a uma prática muito comum no passado no pantanal brasileiro. Quando tinham que transportar boiadas pantanal adentro, os vaqueiros, incontáveis vezes, eram compelidos à travessia de rios e lagoas cheios de piranhas famintas e perigosas. Que faziam então? Escolhiam um boi de menor valor e atiravam o bicho às águas. As piranhas famintas atacavam o pobre animal, que ficava reduzido a ossos em pouco tempo, enquanto o resto do rebanho passava ileso ao lado. Tal qual os “bois de piranha”, pré-candidatos, sem chance alguma, vão ser ou já estão sendo indicados  a prefeito de Paracatu. Tudo para que sejam devorados pelo processo e os verdadeiros candidatos, ilesos, no momento oportuno, cheguem à outra margem.

          Em contraposição à ingenuidade útil dos “bois de piranha”, já estão à espreita os espertos pré-candidatos de verdade, que atuam  tipo “vaqueiro mineiro”. Este, quando de uma longa viagem a cavalo em comboio, cheia de percalços e perigos como a corrida rumo à Prefeitura, estuda a trilha, a concorrência e as possíveis ciladas e tropeços. Assunta, assunta, matuta e decide: “Se a estrada tiver poeira, eu vou na frente. Se tiver atoleiro, eu vou atrás. E se tiver porteira, eu vou no meio”.

           Como repórter e comentarista político, conto essa historinha desde o final do século passado e os albores do  presente, mas ela sempre volta à tona, como uma verdade imutável. Repetir-se-á agora?

  

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button