A iniciativa batizada de Internet.org, tem gerado muita polêmica mundo afora. Pra você entender, é seguinte: o projeto pretende dar acesso à "web" para lugares menos favorecidos do mundo. O problema, é que o acesso à "web", não é pleno, porque os usuários não poderão navegar por onde quiserem, mas apenas nos serviços que o projeto permitir. Ou seja, essencialmente o Facebook e a princípio alguns sites do governo e etc.
E aí eu te pergunto: Será que alguém precisa de incentivo pra acessar o facebook?
Segundo informações do site do projeto, a iniciativa será ampliada no país, devido a uma parceria com várias empresas de telecomunicação. A expansão deverá começar assim que as companhias telefônicas estiverem prontas distribuir o serviço.
Várias alternativas estão sendo pensadas sobre como disponibilizar a internet em locais remotos, como certas comunidades amazônicas por exemplo. Estima-se que 10% da população mundial se encontra em uma área longe de qualquer tipo de acesso. A ideia é acabar com este buraco e oferecer um serviço gratuito e reduzido para essas pessoas.
No Brasil, as discussões já estão pegando fogo desde quando a presidenta Dilma Rousseff se encontrou com Zuckerberg. Uma carta de repúdio escrita por diversas entidades foi apresentada ao governo, pedindo que o mesmo respeitasse o Marco Civil da Internet e não permitisse que a iniciativa do Facebook fosse aplicada ao país.
Segundo a diretoria do Projeto, não haverá custos para os clientes e que as operadoras irão ganhar mais clientes com o processo, na medida em que estes se interessam em pagar por um plano de "internet ampla". Entendeu? Aquela velha tática da Amostra grátis.
O grande problema que se vê é a distorção na forma como o Facebook está desenvolvendo este projeto. A rede social não é um serviço que eles nos oferecem de maneira gratuita, muito pelo contrário, para cada usuário que utilizando o Facebook a empresa ganha muito dinheiro em propaganda e serviços em cima dele.
Quando o Facebook distribui uma internet gratuita que tem como princípio só permitir que o usuário entre no próprio Facebook (e sites afiliados) ele está fazendo apenas propaganda de si mesmo e nos usando para aumentar a sua receita.
Ora bolas!!! É simples… São as pessoas que acessam esse serviço que geram dinheiro para a rede social e não o contrário. Entendeu?
Fora isso, essa iniciativa também pode criar uma geração inteira de usuários que não sabe diferenciar o que é estar na internet do uso do Facebook, atrapalhando e limitando severamente o contato dessas pessoas com o mundo virtual de verdade, se ele que ele ainda existe…
