Em entrevista ao radialista Ailton Pinheiro, na última semana na Rádio Vitória FM, o Pesquisador, Professor e Geólogo Paracatuense, Márcio José dos Santos, criticou a realização de audiência pública na cidade, afirmando que o foco da discussão sobre a contaminação por arsênio foi desviado. “-Não sei por que gastar tempo e dinheiro público pra discutir um assunto que não tem nada a ver com aquele que está sendo tratado, e ainda mais porque grande parte da câmara faz parte da rede de poder da Mineradora Kinross em Paracatu.” Acusou.
Para o pesquisador, a discussão na Câmara faz parte da vida política mas, na prática, dentro do contexto da pesquisa sobre a “contaminação ou não” por arsênio, segundo ele, “só serve de cortina de fumaça para que as pessoas não enxerguem nada.”
-“O minério no estado natural não apresenta risco algum porque não é absorvido por seres vivos, o problema é quando se trata esse minério em um processo de cianetação, transformado em formas tóxicas. A plantação de fumo por exemplo, não faz mal pras pessoas, o cigarro depois de industrializado, queimado e consumido que faz. O estudo confundiu um canavial com os males que o consumo do álcool pode acarretar.” Explicou Márcio fazendo uma analogia.
Segundo Márcio Santos, os estudos apresentados e os resultados obtidos não consideraram a poeira gerada pelo processo industrial, mas sim o solo e sedimentação. “-Não podemos confundir solo em estado natural dentro da área da mina com poeira.”
Com relação à água, o pesquisador foi mais categórico e disse que não acredita na atuação do poder público. “-Eu afirmo que as águas da Bacia do Santa Rita estão contaminadas por arsênio, sim, pois as amostras coletadas revelam teores muito acima dos níveis aceitáveis, mas esperar que o governo fique do nosso lado é ilusão, nem o Estado, nem Governo Federal, nem Prefeitura vão ficar do nosso não, estão contra.” Finalizou o Professor e Geologo.
