Pesquisa mostra que não há contaminação por arsênio por ingestão de poeira, Vereadores agora querem estudo sobre a água

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O Professor Luiz Roberto Guimarães Guilherme, pesquisador do departamento de ciência do solo da Universidade Federal de Lavras, apresentou durante audiência pública realizada na Câmara, o resultado da do recente estudo feito em Paracatu, que diz respeito aos níveis de arsênio liberados durante o processo de extração de ouro.

De acordo com o Professor, a poeira liberada durante o processo de extração do ouro não apresenta quantidade suficiente de arsênio que colocaria em risco a saúde dos moradores.

-"O arsênio que está ligado as partículas de solo, no caso a poeira, mesmo que seja ingerido por crianças, que é o nosso alvo mais frágil, ele não se torna disponível e desta forma não apresenta risco durante a vida toda dessa pessoa.”  Afirmou.

Questionado pela Vereadora Marli Ribeiro (PTB), se os valores apresentados não podem oferecer risco a longo prazo na vida de uma pessoa, Luiz Fernando afirmou que “a análise foi feita, considerando o longo prazo e a exposição crônica, nos piores cenários e os álvos mais frágeis, por isso não há aumento do risco.”

-“Se você ingerir essa poeira que tem arsênio da forma que uma criança pode fazer, passando a mão na poeira e levando à boca, você poderia consumir 10 vezes mais poeira do que essa criança e mesmo assim, alcançaria no máximo 10% do nível que é aceitável. E isso não é relevante.”  Afirmou o pesquisador.

O Vereador Juscelino Carteiro (PHS), indagou o professor sobre a concentração do metal na área nativa, sobre a vulnerabilidade dos funcionários e sobre a existência de estudo sobre a presença do arsênio na água dos rios próximos a barragem, que abastecem a cidade e também são usados para irrigar plantações no município.

O Professor Luiz Roberto, foi categórico ao responder mas deixou claro que o foco da pesquisa não foi a água. “-O cenário da pesquisa foi da poeira, no solo e nas adjacências da barragem de rejeito e não na água, por isso não há como precisar esse números na água.”

Mesmo não sendo o foco do seu estudo, quando foi indagado com relação aos fertilizantes e insumos utilizados na agropecuária, o Professor disse que a “maior fonte que existe de arsênio é um herbicida antigo utilizado na agricultura chamado arseniato de chumbo.”

Outra afirmação que causou polêmica na casa legislativa foi quando Professor Luiz Humberto, afirmou desconhecer áreas no Brasil que tenham teor de arsênio acima do nível aceitável.  “-O que precisamos saber é se o percentual de arsênio que está lá está prejudicando alguém. Por uma questão de prioridade, o arsênio não está no topo da lista em Paracatu, eu digo pra vocês que o saneamento básico por exemplo é o pior problema de Paracatu, com relação à contaminação.”


Fotos: Douglas Fernandes
XMCred Soluções Financeiras
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