Política, literatura, Osvaldinho, Hamilton e Tarzan

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          As coisas andam embaralhadas em Paracatu, com uma  puxando outra, como se fios de meada fossem. Na segunda-feira, 06/04, na Câmara, o vereador Osvaldinho, do PMDB, que é   da Capoeira, desceu o cipó  no prefeito Olavo Condé (PSDB), por ter deixado que o matagal  tomasse conta da cidade. Há lugares – diz –   em que as ruas foram tomadas pelo mato e estão como se verdadeiras florestas fossem.

          O governo do prefeito Condé, que é fazendeiro, joga a  culpa nas  chuvas, coisa que não é muito comum fazendeiro fazer, responsabilizando São Pedro  pelo  atraso no corte dos arbustos.  Por meio do  vereador governista Hamilton (PSDB), quer é um Carvalho,  solta  trocadilho, dizendo que Osvaldinho está fazendo chover no molhado: os serviços já foram licitados e contratados, não tendo sido iniciados justamente pelo excesso de… chuvas!

          Enquanto isso, acaba de ser lançado, sem qualquer apoio oficial,  o livro “De Deus que veio a Palavra”, excelente coletânea de  textos religiosos e literários de um intelectual que é escritor,  poeta, cronista, contista, cordelista,  romancista e filósofo. Ele não entra no meio da discussão entre Osvaldinho da Capoeira –  que opina  estar sendo Paracatu uma floresta – e Hamilton, o Carvalho, que rebate –  que que é isso, nobre colega? – mas, só para atiçar a briga,  apresenta o cartão de visita  com o seu  nome. É  Tarzan… e é Leão também!

          Em tempo: durante a sessão, os vereadores disseram que os prefeitos só não resolvem o crônico  “problema florestal”  de Paracatu porque não querem ou têm medo. É que ainda  está em vigor a Lei Complementar 63/2009. Ela prevê que, caso os proprietários de terrenos não procedam à capina e limpeza de sua responsabilidade, complicando o problema da dengue, do surgimento de ratos, escorpiões, cobras e lagartos,   o Poder Executivo Municipal  pode entrar em tais áreas, fazer o serviço e multar/tributar os seus donos. Estes, segundo a edilidade paracatuense,  nada mais têm sido  que especuladores imobiliários, aos  quais  os vereadores, aproveitando a passagem da Semana Santa,  deram tratamento semelhante ao que se dá ao Judas em sábado de aleluia.   

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

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