O assessor parlamentar Joaquim Carlos, esteve na tribuna da Câmara na última segunda para comentar uso de agrotóxicos na região e denunciar os danos à saúde humana e meio ambiente, decorrentes do que ele chamou de “uso exacerbado de veneno” na produção agrícola.
-“O uso desse veneno que alguns dão um nome mais bonito de agrotóxico está cada vez mais alarmante em nosso município e na região. Isso é um crime! Aqui bem próximo, em Unaí, foi feita uma pesquisa, que apurou que, no ano passado, 1260 pessoas foram contaminadas em um universo de 100 mil pessoas, enquanto a OMS, Organização Mundial da saúde tem como limite aceitável o número de 400 pessoas a cada 100 mil.” Denunciou.
O Brasil lidera o consumo mundial de agrotóxicos, o que garantiu à sua indústria de defensivos, no último ano, receitas da ordem de US$ 7 bilhões. O uso do agrotóxico, entretanto, continua envolto em muita controvérsia em todo o mundo e requer cuidados para não prejudicar as pessoas e o meio ambiente.
Segundo Joaquim Carlos, o Brasil é campeão mundial de uso de 14 tipos de “venenos agrotóxicos” que são proibidos em todo o mundo, mas, permitidos no Brasil.
-“Esse veneno que é usado aqui hoje pra retirar as pragas nas lavouras é o mesmo veneno que os nazistas usarão em seus campos de concentração nazistas.” Afirmou.
Vários parlamentares comentaram a tribuna e também afirmaram a necessidade de se intensificar a fiscalização, confirmando a preocupação do produtor.
O Presidente da casa, Glewton de Sá (PROS), não descarta a possibilidade de apresentar um projeto de lei na Câmara, proibindo a pulverização aérea de agrotóxicos através de aviões, citando a proibição em algumas regiões do Rio Grande do Sul e casos de contaminação em Goiás.
Foto: Douglas Fernandes
