“E, aproximando-se dele, despertaram-no, dizendo: Mestre, Mestre, vamos morrer! E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e estes cessaram, e veio a calmaria.”
[Lc 8.24]
Foi erroneamente disseminado no meio cristão que basta começar a frequentar determinada denominação que todos os nossos problemas se acabam. Mas a Sagrada Escritura nos mostra que isso não é bem verdade. Ou seja, se você está pensando que os seus problemas terão fim a partir do instante em que começar a ir a uma igreja, lamento informar que você poderá sofrer a maior decepção de sua vida.
Essa passagem do evangelho de Lucas é uma prova contumaz do que afirmei acima. Mas ela também nos traz outras verdades: a primeira, é que o Senhor Jesus era plenamente homem, a ponto de adormecer tão logo entrou nesse barco que o levaria até a outra margem do lago. Certamente cansado depois de um dia de trabalho, nem mesmo essa tempestade foi capaz de acordá-lo. A segunda verdade é que ele era plenamente Deus, pois mostra o seu poder sobre a própria natureza, ao determinar que o vento cessasse e que as águas se acalmassem. A terceira, é que, mesmo em companhia do Mestre, nós estamos sujeitos às intempéries da vida, às tempestades que nos assaltam quando menos esperamos, à semelhança daqueles que o acompanhavam naquela embarcação.
A diferença, porém, é que quando recorremos à Pessoa certa, no caso, ao Senhor Jesus, toda a tempestade se acalma, de modo que já não corremos mais o risco de soçobrar. Mas, para isso acontecer, é necessário ter fé, e confiar como o fez o salmista ao recordar que, “em sua angústia, clamaram ao SENHOR, e ele os livrou das suas aflições. Fez parar a tempestade, e as ondas se acalmaram. Então eles se alegraram com a bonança; e assim os conduziu ao porto desejado” [Sl 107.28-30].