O Bispo Diocesano Dom Jorge Alves Bezerra, fez abertura do evento, destacando a necessidade do acompanhamento “-A política brasileira é uma Escola em que a cada dia aprendemos algo novo e o nosso objetivo é debater as questões tão importantes para os destinos do nosso Brasil que estão na cartilha distribuída pela CNBB.” Disse.
A coordenadora da Pastoral do Menor, Vera Lemos Campos Botelho, em sua fala, comentou o documento da CNBB. “-Só a consciência da importância da cidadania irá nos levar aos reais objetivos nesta prática pastoral. Aqui hoje estamos atendendo as diretrizes da CNBB, que pede nosso envolvimento na política, mas a política no sentido amplo, na política do bem comum, que não está vinculado a nenhum candidato, mas sim a toda a comunidade.” Disse Vera.
O Bispo Emérito da Diocese de Paracatu, Dom Leonardo de Miranda Pereira, falou sobre o compromisso com os mandamentos. “-O dever do Cristão é se comprometer com o trabalho pastoral na política e desta forma exercer o amor ao próximo.” Disse.
O Palestrante convidado, Professor Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, foi Vereador por 2 mandatos, Ex-Deputado Estadual e vice Prefeito da cidade de Itajubá no sul de Minas. Atualmente é vice-presidente do CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil e membro da Rede de Assessores do CEFEP – Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara.
-“Em nome da fé, o Cristão deve se comprometer com a política e isso está não só no documento da CNBB mas também em declarações do Papa Francisco, de Paulo VI, entre outros, até porque não se pode separar o ser cristão do ser cidadão, pois, assim como também, entender que como vemos no Evangelho, não somos do mundo, mas estamos no mundo.” Iniciou Laudelino.
Professor Laudelino, respondeu questionamentos dos presentes e também lembrou grandes nomes da Igreja. “-Não basta falar de Deus, é preciso viver uma vida de Santidade, é preciso testemunhar e entender que política como vocação é sublime, mas como profissão é a mais vil. Papa Francisco nos diz: Envolver-se na política é uma obrigação de todo cristão. O Papa Paulo VI também já falava sobre isso. O Papa Paulo VI afirmou certa vez que a política é uma maneira de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” é um mandamento do amor, da caridade…” Explicou Laudelino.
Voto nulo ou branco
Sobre o polêmica de se anular um voto, o Palestrante levou os presentes a uma reflexão -“Anular voto ou deixar branco é uma atitude muito negativa porque ajuda o mau candidato, porque o mau comprou os votos, praticou corrupção e se elegeu; e quem votou branco ou nulo deixou de votar em um candidato bom que não foi eleito.” Afirmou
O Apoio de Padres e Religiosos a candidatos
“-Existem as competências distintas para a manifestação dos membros da Igreja e cada diocese tem a sua autonomia. O voto consciente é pra todos, a militância é mais restrita e a candidatura, reservada apenas para os leigos, com uma exceção prevista no Código de Direito Canônico. Além de apoiar, Padres e Religiosos devem acompanhar aqueles que incentivaram a entrar na vida pública. Anunciar um bom candidato e denunciar o mau candidato também é um ato cristão. Não podemos deixar as pessoas serem enganadas por falsos profetas, isso é omissão.” Finalizou o Palestrante que há mais de 30 anos participa da vida pública do Brasil e que despediu-se lembrando o indiano Mahatma Gandhi:
-“Quem disser que religião não tem nada a ver com política, entende pouca coisa de política e muito menos de religião.”
