“Direi a Deus: Não me condenes.
Mostra-me por que estás em disputa comigo.”
Jó 10.2
A história de Jó nos é bem conhecida, de maneira que, logo no primeiro versículo, já somos informados de que ele era muito honesto, um homem de palavra, totalmente dedicado a Deus que odiava a maldade. Ficamos sabendo também que, sem que Jó soubesse, sua vida viraria de cabeça para baixo a partir daquele dia; e mais, que essa trama viria do céu, com total anuência do próprio Deus YHWH.
Dessa forma, Jó surge como a figura bíblica mais simbólica quando o assunto é sofrimento e dor, porque, de homem próspero e pai de grande e abençoada família, se viu pobre, sem filhos e cheio de pestilências. Contudo, a sua vida nos deixa duas grandes lições: uma ruim e a outra boa.
A notícia ruim é que, assim como Jó, também nós estamos sujeitos às mais diversas formas de sofrimento. E disso não há como escapar completamente, ainda que uns aqui e outros ali o prometam, como se fossem mais poderosos do que o próprio Deus. Crises nos relacionamentos, problemas financeiros, enfermidades no corpo e na alma, tudo isso faz parte da condição humana, sejamos crentes ou ateus.
Mas a vida de Jó nos deixa também uma boa notícia, dividida em duas verdades. A primeira é que nem sempre os problemas que se abatem sobre nós têm relação de causalidade com a nossa vida diária. Mais ainda: não podemos, biblicamente, relacionar o nosso sofrimento a algum pecado cometido, uma vez que o sofrimento de Jó se dá por ser ele um homem justo e temente a Deus. A segunda verdade é que, assim como Jó, que permaneceu fiel independente das circunstâncias, e teve a sua vida completamente restaurada, também nós sairemos vitoriosos de qualquer situação, porque o Senhor é um Deus de promessas, e sempre abençoará aquele que permanecer fiel.
